O trabalho associativo: utopia e/ou mudança social - um estudo de caso sobre uma cooperativa de uma comunidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: FERREIRA, Miriam Sivini.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2306
Resumo: O presente estudo partiu da necessidade de uma reflexão mais profunda sobre os trabalhos associativos dos tipos cooperativo e comunitário. Analisou-se a gênese do Cooperativismo e das Comunidades Eclesiais de Base tentando saber até que ponto a institucionalização do cooperativismo procurou concretizar a utopia que lhe deu origem ou representar um instrumento da classe dominante e até que ponto a utopia dos trabalhos comunitários poderá resistir a uma institucionalização e continuar representando um movimento da classe trabalhadora. Procurou-se conhecer nos dois tipos de organização, como se processa a educação da consciência dos trabalhadores frente aos problemas gerados pela sociedade em que os respectivos grupos estão inseridos. Avaliou-se no contexto da sociedade capitalista brasileira, quais as possibilidades e os limites de um movimento social associativista, através de uma utopia praticada, introduzir mudanças nessa mesma sociedade. Para tanto, paralelamente à análise do processo histórico, tomou-se dois exemplos práticos de trabalhos associativos: o cooperativista desenvolvido na Cooperativa Agrícola Mista de Esperança, Paraíba, e o comunitário desenvolvido na Comunidade do Fernandes, em Aratuba, Ceará, onde foram coletados os dados de campo. Verificou-se que a utopia cooperativista, tanto na Europa como no Brasil, foi destruída para atender aos interesses do capitalismo emergente e que as Comunidades Eclesiais de Base, através das ações comunitárias, tem procurado fugir a uma institucionalização e concretizar sua utopia de libertação. A educação da consciência dos trabalhadores observou-se existir somente nas ações comunitárias permanecendo os trabalhadores ligados ã cooperativa em sua condição de alienação e subordinação aos interesses dos detentores do poder. Um movimento associativista tem encontrado algum espaço, se bem que limitado, para se desenvolver no contexto da sociedade brasileira e através de uma utopia praticada, a ação comunitária pode ser tomada como instrumento de mudança.