Associação de defensivos natural e sintético a polímero para o controle de Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) em sementes de amendoim.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MELO, Bruno Adelino de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1195
Resumo: Em condições de armazenamento, as sementes podem ser atacadas por insetospraga. Para sua proteção, o nim (Azadirachta indica A. Juss) tem se mostrado como uma alternativa ao uso de produtos sintéticos. Aliado a isto, o revestimento de sementes tem sido uma técnica que garante a fixação de defensivos agrícolas (inseticidas e fungicidas) e outros materiais à superfície das sementes, auxiliando estas na germinação. Diante o exposto, objetivou-se com este trabalho, avaliar o potencial de defensivos sintético e natural, associados à polímero para o controle de Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) em sementes de amendoim. Os bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Entomologia da Embrapa Algodão, Campina Grande, Paraíba. Sementes de amendoim (cultivar BR1) foram tratadas com inseticida (imidacloprido), fungicida (carboxin + thiram) e extrato aquoso das folhas de nim, associando-se ou não ao polímero, compondo os seguintes tratamentos: extrato aquoso de nim; inseticida; fungicida; polímero; polímero + inseticida; polímero + fungicida; polímero + extrato aquoso de nim (25%); e extrato aquoso de nim (50%), tendo como testemunha, sementes sem nenhum tratamento. Realizaram-se três bioensaios. O primeiro sobre eficiência dos produtos sobre adultos, avaliou o Número de Insetos Mortos (NºIM), Número de Ovos (NºO) e Número de Sementes Perfuradas (NºSP) durante 15, 30, 45, 60, 75 e 90 dias de armazenamento. A eficiência dos produtos sobre os adultos foi calculada pelo método de Abbott (1925). Os dados foram submetidos à Análise de Variância pelo teste F (P ≤ 0,05) e as médias quando necessário foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0,05). Adicionalmente foi realizada uma análise de correlação entre as principais variáveis. O segundo bioensaio, avaliou o potencial dos produtos em repelir adultos de A. diaperinus, utilizando-se para isto arenas circulares, tendo na base, seis recipientes distribuídos de forma equidistante entre si. Foram distribuídas de forma alternada, sementes sem tratamento e sementes que receberam um dos tratamentos mencionados anteriormente. No centro da arena liberou-se 15 casais de A. diaperinus e após 24 h, registrou-se o número de insetos em cada recipiente. As escolhas de A. diaperinus foram analisadas utilizando o teste do Qui-quadrado (P ≤ 0,05). Calculou-se ainda o Índice de Repelência (IR), submetendo-o à Análise de Variância pelo teste F (P ≤ 0,05) e as médias foram comparadas quando necessário pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0,05). O terceiro bioensaio avaliou a sobrevivência das larvas mantidas no pó das sementes tratadas com os produtos do primeiro bioensaio. Avaliou-se a sobrevivência das larvas até o décimo dia após a liberação das mesmas no substrato. Com o número de larvas vivas em cada tratamento, realizou-se uma Análise de Sobrevivência pelo teste Log-Rank utilizando o método D. Collet, comparando-se individualmente a sobrevivência de larvas submetidas aos produtos, com a sobrevivência das larvas na testemunha. Os tratamentos com inseticida e fungicida, associados ou não ao polímero foram eficientes para o controle dos insetos, com reduções no NºO e NºSP. Para repelência, a associação do inseticida, fungicida ao polímero apresentou os melhores resultados para o IR. As larvas submetidas ao pó das sementes tratadas com inseticida, fungicida e polímero + inseticida tiveram suas sobrevivências alteradas negativamente, com 100% de mortalidade em até 120 horas. Os tratamentos com extrato de nim, associado ou não ao polímero não exerceram efeito significativo sobre nenhuma das variáveis estudadas.