Artrite encefalite caprina, toxoplasmose, micoplasmose em rebanhos caprinos leiteiros do Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MATOS, Rodrigo Antônio Torres.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25508
Resumo: Realizaram-se estudos para verificar as prevalências da artrite encefalite caprina (AEC), agalaxia contagiosa e toxoplasmose caprina, determinar os fatores de risco associados à infecção por Mycoplasma agalactiae e investigar Mollicutes e Grupo Mycoplasma mycoides em amostras de pulmão de caprinos do estado da Paraíba, Brasil. Foram colhidas amostras de sangue de 191 caprinos, de ambos os sexos, estes provenientes de 17 propriedades para a realização do teste de imunodifusão em gel ágar (IDGA) para diagnóstico da AEC e amostras de sangue de 97 caprinos, de ambos os sexos, de 4 propriedades para o teste de imunofluorêscencia indireta (RIFI) para diagnóstico da toxoplasmose. Foi observada uma prevalência de 8,38 % (16/191) para AEC e 16,49% (16/97) para toxoplasmose caprina. A prevalência da AEC e da toxoplasmose caprina por propriedades rurais foi de 23,53% e 100%, respectivamente. O que demonstra a importância destas duas enfermidades no estado da Paraíba. Muitas vezes essas doenças são subdiagnosticadas e os animais se comportam como portadores assintomáticos. Portanto, deve-se realizar o monitoramento dessas doenças através de exames sorológicos e adotar medidas de controle e profilaxia para conter os avanços dessa doenças nos rebanhos caprinos da Paraíba. No estudo realizado para verificar a ocorrência e fatores de risco associados à infecção por Mycoplasma agalactiae, foram utilizados para diagnóstico de Mycoplasma agalactiae, 251 amostras de leite, que foram submetidas à extração do DNA genômico usando um kit comercial, seguindo as recomendações do fabricante. Para diagnóstico da infecção utilizou-se a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Além disso, foram aplicados questionários para identificar os principais fatores de risco associados infecção à agalaxia contagiosa. Observou-se que 19,9% (50/251) das amostras de leite foram positivas na PCR para M. agalactiae. Observou-se na análise dos fatores de risco associação para as variáveis: tamanho do rebanho (P<0,001;OR=7,1), reposição de animais da propriedade (P<0,001;OR=4,7) e participação dos animais em feiras e exposições (P= 0,029;OR=2,0). Os resultados permitiram confirmar a ocorrência do Mycoplasma agalactiae em amostras de leite de caprinos da Paraíba. Portanto, é necessário o monitoramento dos rebanhos caprinos leiteiros e a conscientização dos produtores rurais para a importância econômica da doença, visto que a mesma acarreta severos prejuízos econômicos para os produtores. A identificação dos fatores de risco são imprescindíveis para a adoção de medidas de controle e para a correção dos fatores de manejo em propriedades que tenham animais com diagnóstico positivo, evitando assim, a disseminação do patógeno. Para o diagnóstico de Mollicutes e grupo Mycoplasma mycoides, foram colhidas assepticamente em tubos falcon 100 amostras de pulmão (dois a três fragmentos de cada animal) de caprinos mestiços, de idades variadas, de ambos os sexos, com e sem lesões pulmonares provenientes de municípios do estado da Paraíba, Brasil. Para a realização do diagnóstico molecular foi utilizada a Reação de Cadeia de Polimerase (PCR). Das 100 amostras de pulmão analisadas, todas foram negativas para a PCR do grupo Mycoplasma mycoides e 3% (3/100) foram positivas na PCR para Mollicutes. As doenças respiratórias em pequenos ruminantes causadas por espécies de Mycoplasma estão cada vez mais presentes nos rebanhos caprinos, porém, são subdiagnosticadas. No Brasil, não existem relatos de problemas respiratórios, pneumonia ou pleuropneumonia em caprinos por Mycoplasma spp., sendo necessário a realização de estudos ou pesquisas para monitoramento destes agentes em caprinos com problemas respiratórios, tendo como objetivo a adoção de medidas de controle para impedir a disseminação de doenças respiratórias causadas por estes agentes.