Influência dos fenômenos acoplados oceano atmosfera sobre os vórtices ciclônicos de altos níveis observados no Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: LIMA, Edivania de Araújo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3782
Resumo: Analisou-se o comportamento de 311 Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) observados no período de janeiro de 1980 a dezembro de 2009, na região Nordeste do Brasil (NEB) e Atlântico Sul adjacente. Utilizou-se dados das Anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (ATSM) dos Oceanos Atlântico e Pacífico, das componentes zonal (u) e meridional do vento (v), precipitação e o Índice da Oscilação Decadal do Pacífico (IODP). A partir das componentes do vento calculou-se os campos da vorticidade relativa, divergência horizontal e as componentes rotacional e divergente do vento. A metodologia de análise consistiu em gráficos e na Análise das Componentes Principais (ACP), que possibilitaram a verificação das influências das ATSM nas ocorrências dos vórtices. Os resultados obtidos mostraram que durante todas as fases do VCAN foi perceptível em 90% dos casos a presença da Alta da Bolívia (AB) e que a vorticidade proveniente deste centro anticiclônico atuou de forma determinante na manutenção dos vórtices. A área preferencial para a formação dos VCAN foi sobre o Atlântico Tropical e sob condições de normalidade das águas do Pacífico (45,7% dos eventos). Nos eventos El Niño percebeu-se que os máximos de VCAN ocorreram quando as ATSM das regiões Niño 1+2 e Niño 3.4 foram mais aquecidas que as demais regiões dos Niños. Ainda com relação às ATSM do Pacífico observou-se que quando o IODP foi positivo e o El Niño estava configurado foram registrados mais VCAN que quando o IODP foi negativo e havia configuração de La Niña. Nas observações das componentes rotacional e divergente do vento, constatou-se a forma antagônica destas duas componentes. Os totais pluviométricos observados sobre o NEB durante os eventos acompanhados apresentaram uma grande variabilidade em decorrência do posicionamento dos VCAN. Na ACP foram encontradas duas Componentes Principais (CP) que explicaram mais de 50% da variabilidade do número de ocorrências de VCAN em função das ATSM do Atlântico e Pacífico. De tal forma conclui-se que os fenômenos acoplados oceano-atmosfera atuam de forma determinante na dinâmica dos VCAN que atuam no Nordeste do Brasil.