Fonte de umidade para a convecção em vórtices ciclônicos de altos níveis: estudos de caso.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11311 |
Resumo: | Na escala sazonal parte da variabilidade espacial e temporal das chuvas sobre o Nordeste do Brasil se deve aos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis Troposféricos (VCAN). O VCAN é um sistema de circulação ciclônica que ocorre frequentemente no verão austral e é definido como um sistema de baixa pressão na escala sinótica, formado inicialmente na alta troposfera, que em algumas situações pode se estender até os níveis mais baixos da atmosfera, e cuja circulação ciclônica fechada possui o centro mais frio que a periferia (Kousky e Gan, 1981; Gan, 1982). Embora na literatura seja possível encontrar vários estudos que exploram, tanto do ponto de vista sinótico quanto da dinâmica, aspectos do VCAN, alguns detalhes relacionados a esse sistema necessitam de maior aprofundamento, por exemplo, a relação entre o VCAN e a chuva em diversas áreas do Nordeste do Brasil. Com este trabalho pretende-se analisar as características do transporte de umidade para a região de atuação de dois casos de VCAN, o primeiro ocorrido entre 19 e 24 de janeiro de 2004, e o segundo entre 01 e 15 de janeiro de 2014, a escolha dos casos levou em consideração a natureza distinta dos efeitos provocados com a atuação do fenômeno, o primeiro trouxe altos valores de precipitação associado, já o segundo atuou mais na inibição da precipitação para a região. Para o trabalho foram geradas imagens de geopotencial e vento de 1000 até 150hPa, a partir dos dados de reanalise do ERA-Interim pertencentes ao European Centre for Medium-Range Weather Forecasts, também a partir desses dados foram gerados campos de divergência e transporte de umidade integrado na vertical em suas componentes zonal e meridional. Foram utilizados dados de precipitação obtidos através do Global Precipitation Climatology Project e dados de precipitação estimada pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission, juntamente com o uso de imagens de satélite GOES 12 e GOES-13 +METEOSAT 10 do canal infravermelho realçado pertencente ao banco de imagens da Divisão de Satélites Ambientais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e ainda dados de estação meteorológica de superfície da Agência Executiva de Gestão da Água do estado da Paraíba. Após a analise dos dados foi possível notar que as áreas onde ocorreu precipitação durante o episódio de VCAN são também as áreas onde há sinal de convergência do transporte de umidade, além disso, verifica-se que a umidade que alimenta o VCAN tem como origem a umidade que adentra a América do Sul e que em situações comuns iria convergir na região Norte do país (mais precisamente na Amazônia) e que sofre um desvio em direção a área de atuação do VCAN. |