Vórtices ciclônicos de altos níveis do Nordeste brasileiro: sua relação com o transporte de umidade da América do Sul e sua estrutura termodinâmica.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28310 |
Resumo: | Os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) são um dos principais sistemas responsáveis pela produção de precipitação na pré - estação chuvosa da região Nordeste do Brasil (NEB). Neste estudo os VCANs são analisados de diferentes formas. Primeiramente, é apresentada uma nova forma de mensurar e comparar a intensidade de precipitação e da convergência do transporte de umidade. Este método é usado para comparar a intensidade dessas grandezas nos vórtices e também em duas áreas de alta precipitação do continente Sul- americano, a Amazônia (AMZ) e a Bacia Hidrográfica do Prata (BHP). O método apresentado pode ser usado para calcular a intensidade média em uma área irregular de qualquer outro campo escalar, permitindo comparações quantitativas. Além desta análise climatológica da intensidade dos VCANs, foram feitos também estudos de caso que possibilitaram avanço na compreensão da sua termodinâmica. Tendo em vista a irregularidade pluviométrica do NEB, a análise do comportamento dos VCANs na distribuição de chuvas na região é de suma importância, pois oferece subsídios para o aprimoramento da previsão de tempo em curto prazo. Foram utilizadas imagens dos satélites Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES) 12, 13 e 16 provenientes do banco de dados imagens no portal da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DSA) do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e do GIBBS Service do National Center for Environmental Information (NCEI) nos canais infravermelho e vapor d’água como auxílio na identificação e análise dos eventos. Os dados de reanálise ERA-Interim foram fornecidos pelo European Centre for Mediun-Range Weather Forecasts (ECMWF). Esses dados foram processados no software Open Grid and Analysis Display System para a plotagem de campos meteorológicos horizontais e verticais com o intuito de observar as condições sinóticas e termodinâmicas dos sistemas. Os dados referentes à precipitação foram obtidos através do satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) através do produto 3B42. A análise de 20 anos (1999-2018) indicou que os VCANs provocaram uma alteração no itinerário dos fluxos de umidade oriundos do Oceano atlântico Equatorial, sem alterar a rota de entrada no continente. A entrada de umidade no NEB foi originada do oceano atlântico, entretanto, nos dias de desenvolvimento dos vórtices observou-se escoamento proveniente da AMZ, que transportou umidade no sentido de oeste para leste, fazendo com que parte desta umidade transportada da AMZ e do oceano convergissem sobre a área dos vórtices. No NEB, durante os eventos extremos associados à convecção dos VCANs, houveram registros de maior intensidade na convergência de umidade, chegando a ultrapassar por alguns dias os valores de convergência na AMZ. Isso ocorreu durante a presença de vórtices mais intensos, onde suas periferias oestes estavam fixadas sobre o continente. Nesse contexto, um modelo conceitual do transporte de umidade na América do Sul com acréscimo das informações obtidas ao longo desse estudo foi desenvolvido. Por fim, as análises da estrutura termodinâmica dos VCANs indicaram movimentos ascendentes somente na periferia oeste, a periferia leste foi caracterizada por movimentos descendentes e forte inibição convectiva, possibilitando acréscimo de informações sobre esses sistemas à literatura. |