Tijolos ecológicos constituídos de solo e resíduo de casa de farinha.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23519 |
Resumo: | Este estudo buscou desenvolver de tijolos ecológicos constituídos de solo e manipueira – efluente da produção de farinha de mandioca – com viabilidade de utilização, sem o uso de água e de queima e dando destinação adequada para esse resíduo líquido de potencial elevado de impacto ambiental negativo, na perspectiva de desenvolvimento e materialização de tecnologia social. A tecnologia desenvolvida se baseou na NBR 10833/12 da ABNT que trata da produção de tijolos solo-cimento. Os solos trabalhados foram extraídos de jazidas sedimentares na bacia hidrográfica do Rio Paraíba, em Barra de São Miguel, Juazeirinho e Santa Cecília, e a manipueira em casa de farinha do Distrito Jenipapo, Puxinanã, PB. Previamente à composição das massas e preparação dos corpos de provas, as matérias-primas foram preparadas e caracterizadas utilizando técnicas de DRX, EDX, ensaios de Casagrande, análise granulométrica, TG e DTA, para os solos e, para a manipueira, realizando leituras de pH, condutividade e peso específico, e ensaios para determinação de teores de SSV, SSF, SST, DQO, N, P, K e outros elementos químicos. Os solos são semelhantes nas características físicoquímicas e apresentaram todas as condições exigidas para utilização na tecnologia de referência (tijolo solo-cimento), em termos de plasticidade e granulometria, e a manipueira, com sua composição baseada em água (90,9%, segundo a curva TG) e com concentração elevada de sólidos orgânicos, se comparada a outros efluentes, permitiu uma boa liga na massa. As composições das massas foram definidas com base em testes preliminares com pequenos corpos de prova que apresentaram resistência de 3,41±0,73 MPa, apontando a viabilidade de fabricação com solo e manipueira. Os corpos produzidos em prensas mecânica e hidráulica, foram testados em relação às variações de dimensões, massa, absorção de água e resistência à compressão, e alguns resultados não foram satisfatórios, pois não houve resistência a absorção de água e a resistência variou 0,795±0,419 MPa, ou seja, a máxima foi de 1,215 MPa, para composição com 90% de solo, 10% de areia e 12% de manipueira. Os tijolos não atenderam às exigências técnicas para utilização na construção civil nestas condições, contudo, isto não é capaz de dar suporte para condenação das peças desenvolvidas, devendo-se considerar: a aplicação de revestimentos ou impermeabilizantes, para proteção contra a umidade, a utilização de aditivos à massa e a utilização para fins que exijam menores resistências. De cunho socioambiental, foi provada a viabilidade do uso da manipueira em substituição a água na produção de peças cerâmicas sem queima, oferecendo destinação adequada para este efluente e apontando uma nova tecnologia para beneficiar comunidades do semiárido. |