Modernização urbana de Campo Maior-PI no período áureo da cera de carnaúba (1930-1947).
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1956 |
Resumo: | Neste trabalho propomos investigar a modernização urbana da cidade de Campo Maior, Piauí, considerando-a como favorecida pelo período áureo do extrativismo da cera de carnaúba no Estado, durante as décadas de 1930 e 1940. Observamos que a época que a cera ganhou destaque foi a partir do início da Primeira Guerra Mundial, sendo exportada para alguns países beligerantes, visto que foi possível extrair do produto um componente explosivo denominado ácido pícrico, utilizado na fabricação de pólvora. Tal fato tornou a cera o principal suporte da economia piauiense e campomaiorense, consolidando sua importância a partir da conflagração do segundo conflito mundial. Para investigar o crescimento urbano analisamos alguns equipamentos modernos, bem como logradouros públicos e prédios que foram implantados, e eram destacados nos discursos oficiais pelos governantes locais que representavam a cidade como uma das mais modernas e progressistas do Piauí. Destacamos ainda, que o período da modernização coincide com a época em que Getúlio Vargas é presidente do Brasil. No Piauí, temos os interventores Landri Sales (1931-1935) e Leônidas Melo (1935-1945). Os governantes, nacional e estadual, assentavam suas bases no autoritarismo e na ideia de progresso e modernização, que tinham forte ressonância em Campo Maior. Não obstante, propomos colocar em relevo algumas pessoas humildes que se apropriaram das reformas urbanas operadas em Campo Maior, dando atenção a sua subjetividade enquanto indivíduos comuns que também traduziram o seu olhar sobre a cidade, por meio de crônicas, livros de memória, ou mesmo entrevistas. Intencionamos compreender as sensibilidades dessas pessoas em relação a essa “nova” cidade na qual estavam vivendo, como foram beneficiados ou ficaram à margem da estrutura urbana que se modernizava. Por fim, pretendemos ainda ressaltar as novas sociabilidades que se desenvolveram nos espaços que surgiram. |