Enfermidades de bovinos no Semiárido Nordestino: salmonelose e compressão medular por granuloma vacinal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MARQUES, Ana Luisa Alves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25531
Resumo: Com o objetivo de colaborar com o conhecimento das doenças de ruminantes no semiárido, estudou-se os aspectos etiológicos, epidemiológicos, clínicos e patológicos de um surto de salmonelose em bezerros no estado do Maranhão e de incordenação motora observados após vacinação contra febre aftosa em bovinos nos estados da Paraíba e de Pernambuco. Para o estudo dos casos foram realizadas visitas às propriedades onde ocorreram. O surto de salmonelose causado pela Salmonella enterica subsp. enterica sor. Dublin em bezerros que ocorreu em uma fazenda no município de Timom- Maranhão apresentou taxas de morbidade e mortalidade de 35.5% e 40.9%, respectivamente. Os sinais clínicos incluíram febre, depressão, anorexia e, em alguns casos, sinais respiratórios, neurológicos, entéricos ou artrites, com curso clínico hiperagudo ou subagudo. As principais lesões macroscópicas foram hepatomegalia com áreas pálidas multifocais a coalescentes, esplenomegalia e líquido nas cavidades torácica e abdominal. Histologicamente foram observados granulomas paratifoides no fígado, rim e baço, além de trombos e agregados bacterianos em vasos sanguíneos de diversos órgãos. Após a realização do antibiograma, o surto foi controlado com a adoção da antibioticoterapia adequada aliada a correção de algumas medidas sanitárias na propriedade. No estudo do surto de incordenação motora, os sinais foram observados em torno de 45 dias após a vacinação, realizada por via intramuscular nas regiões torácica e lombar e no local da aplicação havia aumento de volume. Um total de 24 animais foram acometidos, sendo 6 no estado da Paraíba e 18 no estado de Pernambuco. Seis animais morreram e quatro foram eutanasiados. Nos animais eutanasiados observou-se miosite abscedativa com a presença de áreas amareladas irregulares multifocais a coalescente com líquido esbranquiçado e leitoso na região do músculo Longissimus lumborum esquerdo (dois animais) e massa amarelada firme comprimindo a medula espinhal entre as vértebras T11 e T12 (um animal) e entre as vértebras L3 e L5 (um animal). Ao exame histológico, havia miosite e paquimeningite piogranulomatosa com áreas multifocais a coalescentes, contendo espaços claros e esféricos centrais de tamanhos variados que correspondiam ao adjuvante lipídico da vacina da febre aftosa removido no processamento para a histologia. Determinou-se o diagnóstico de lesão medular secundária a compressão por granuloma vacinal.