Helmintoses gastrintestionais de caprinos e ovinos: prevalência, fatores de risco e atitudes de produtores no Sertão da Paraíba, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: VIEIRA, Vanessa Diniz.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9379
Resumo: As helmintoses gastrintestinais representam um entrave na produção de caprinos, causando vários danos na criação, como retardo no crescimento, perda de peso, diminuição de conversão alimentar e da produção de leite, baixa fertilidade e nos casos de infecções maciças, altas taxas de mortalidade. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência das helmintoses gastrintestinais, caracterizando o manejo sanitário sob fatores condicionantes a essas infecções e as formas de controle adotadas em rebanhos caprinos da mesorregião do Sertão da Paraíba. No total, foram amostradas sistematicamente 256 caprinos procedentes de 54 propriedades. Foram coletadas amostras de fezes e sangue de cada animal no período da manhã. Quando comparada o OPG (Ovos por Gramas de Fezes) com o índice de VG (Volume Globular) foi observada a prevalência de 90,4% dos animais com OPG entre 100 – 500 e VG ≥ 23 e 43,7% dos animais com OPG > 3000 e VG ≤ 22, sendo significativo (p=0,004), observando que quanto maior a contagem de ovos de helmintos gastrintestinais nas fezes menor o volume globular. Nas coproculturas, o helminto mais prevalente foi o Haemonchus contoutus (83,2%), seguido de Trichostrongylus sp. (7,3%), Strongyloides sp. (4,2%), Oesophagostomum sp. (3%) e Cooperia sp. (2,3%). As variáveis idade e sexo foram significativas (p≤0,20) para o desenvolvimento de helmintos gastrintestinais. Os animais acima de 36 meses foram mais propensos a desenvolverem essas parasitoses (86,8%). A mesorregião do Sertão paraibano caracterizou-se por criações semiextensivas (80,8%), subsidiando a prevalência de 90,3% de exploração caprina com dupla aptidão (corte e leite), sendo propenso para o desenvolvimento das helmintoses gastrintestinais (p≤0,20). Na categoria sexo, 81,7% das fêmeas apresentavam-se infectadas. Conclui-se que a mesorregião do Sertão da Paraíba apresenta um elevado índice de prevalência das parasitoses gastrintestinais nos rebanhos de caprinos, tendo sido revelado à categoria idade e tipo de exploração animal como sendo os fatores de riscos relevantes para o desenvolvimento dessas parasitoses.