Tratamento de efluente do biodiesel de algodão utilizando adsorvente natural (crescentia cujete l.) em comparação com sintéticos.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Educação e Saúde - CES PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E BIOTECNOLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1252 |
Resumo: | O biodiesel é um combustível renovável desenvolvido como uma alternativa para o diesel fóssil. A combustão do biodiesel diminui significativamente a emissão de gases poluentes, mas seu processo de produção utiliza principalmente água para purificação, gerando efluentes com níveis de poluição acima dos padrões permitidos. Neste sentido o objetivo deste trabalho foi caracterizar o efluente da purificação do biodiesel de algodão, tratá-lo com adsorvente natural obtido da casca do cuité (Crescentia cujete L.) e com adsorventes sintéticos (carvão ativo e sílica gel) com o intuito de adequar o efluente ao reuso ou descarte. As características físico-químicas da água de lavagem do biodiesel analisadas foram potencial hidrogeniônico, turbidez, sólidos totais, demanda química de oxigênio e teor de óleos e graxas, as quais ficaram fora dos limites da Resolução do CONAMA n° 430/2011 que estabelece os padrões de qualidade de lançamento de efluentes em corpos receptores. Uma avaliação físico-química posterior à passagem das águas de lavagem pelos três adsorventes foi realizada e os mesmos apresentaram eficiência semelhante, mas a casca do cuité apresentou melhores resultados, dentro dos padrões com valores médios de pH 6,3; turbidez 48,7UNT; sólidos totais 3,1 mg/L, redução de 97,4% do DQO caracterizado inicialmente e teor de óleos e graxas em 2,5 mg/L. Os adsorventes foram caracterizados por Difração de raios-X, Espectroscopia de absorção na região do infravermelho e BET, além de Termogravimetria, Composição Centesimal e Ponto de carga zero para o adsorvente natural. Os espectros de infravermelho da mistura das águas de lavagem após tratamento indicaram que houve remoção de álcoois, catalisador e ésteres presentes no efluente. Apesar da casca do cuité apresentar baixa área superficial mostrou ótimos resultados nos testes preliminares de utilização como adsorvente, justificado pela presença dos sítios adsortivos. A composição da casca do cuité indicou elevado teor de carboidratos, principalmente celulose, hemicelulose e lignina além de proteínas, os quais possuem sítios adsortivos, tais como grupos carbonilas, carboxilas, aminas e hidroxilas, o que facilita o processo de adsorção na superfície do material. O ponto de carga zero da casca do cuité foi 6,91 e verificou-se que houve uma maior afinidade por grupos básicos, devido a uma maior concentração de sítios ativos ácidos presentes na superfície do adsorvente. Os parâmetros físico-químicos das águas de lavagem do biodiesel de algodão estavam em não conformidade com a legislação ambiental, impossibilitando as mesmas de serem lançadas em corpos hídricos ou o seu reuso na indústria. O adsorvente da casca de cuité deixou o efluente do biodiesel dentro dos padrões, com possibilidade de reuso no próprio processo de purificação, além de apresentar eficiência semelhante aos adsorventes sintéticos indicando potencial de ser economicamente viável, se tratando de um material natural, renovável e de baixo custo. |