Hiperplasia prostática benigna em um cão com quatro anos e identificação de Leishmania sp. na próstata de cães.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: XIMENES, Raquel Guedes.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25637
Resumo: Objetivou-se com estes trabalhos relatar a ocorrência de hiperplasia prostática benigna (HPB) em um cão jovem com avançados sinais clínico, incomum para a faixa etária e a identificação de Leishmania sp. na próstata de cães pelas técnicas de citologia, imuno-histoquímica (IHq) e histopatologia além de demonstrar a eficácia dessas técnicas. No Capitulo I, relatou-se sobre um canino, teckel, macho, com quatros ano de idade atendido no Hospital Veterinário (HV) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com um aumento de volume na região perineal havia 15 dias, tenesmo e episódios de fezes amolecidas. No exame físico, verificouse aumento de volume na região perineal dorsal esquerda. No exame ultrassonográfico abdominal, verificou-se a próstata com ecotextura discretamente heterogênea, medindo 3,76 x 3,75 cm² de extensão, conteúdo herniado de aspecto hipoecoico e ecogênico na região perineal. Após o diagnóstico de hérnia perineal secundária a uma HPB o animal foi encaminhado para o setor de cirurgia para realização da a herniorrafia e orquiectomia. O animal teve acompanhamento durante dois meses após a cirurgia, onde foi confirmada a redução do volume inicial da próstata através do ultrasson, tendo êxito no tratamento desse tipo de prostatopatia. Apesar da HPB ser uma desordem comum nos cães idosos, o clínico não deve deixar de investigar esta condição quando um paciente apresentar, tenesmo e/ou cistite mesmo não pertencendo à faixa etária de risco. Para o Capítulo II, foram utilizados 25 cães machos, sem predileção de raça, previamente diagnosticados com Leishmaniose, atendidos na Clínica Médica de Pequenos Animais do HV da UFCG. Após a eutanásia, foi realizado punção aspirativa por agulha fina (PAAF) da próstata e colhidos fragmentos desta para a confecção das impressões (imprint) em lâmina e para realização do exame de IHq. Na citologia constatou-se a presença de formas amastigotas em 56% das amostras de próstatas. Deste total foi observada positividade em 100% das lâminas confeccionadas pelo PAAF e em 4% pelo imprint. Já na IHq das 25 amostras analisadas, 4% evidenciou-se imuno-marcação positiva para Leishmania sp., assim como nas lâminas confeccionadas e coradas com hematoxilina e eosina (HE). Concluiu-se que a próstata de cães pode ser um disseminador de formas infectantes de Leishmania, evidenciando a importância epidemiológica desse achado, na associação de programas para eliminar o vetor como único método de controle dessa patologia.