Análise do perfil e dos efeitos cognitivos em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo ou deficiência intelectual participantes de equoterapia no sertão paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Natália Soares.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31364
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista ­ TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que se caracteriza pelos comportamentos estereotipados e dificuldades nas habilidades sociocomunicativas, cuja a etiologia apresenta­se de forma multifatorial e o diagnóstico está associado as manifestações clínicas, como: déficits na comunicação, alterações comportamentais, hipersensibilidade, atrasos psicomotores, alterações nas habilidades cognitivas e outros. A partir dessas manifestações clínicas buscasse métodos terapêuticos capazes de promover o desenvolvimento biopsicomotor das crianças com TEA, a exemplo da Equoterapia que envolve uma abordagem inter/mutildisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, através da utilização do cavalo como principal ferramenta cinesioterapêutica capaz de proporcionar ao praticante benefícios nos aspectos motores, sensoriais, comportamentais e sociais, resultando assim, no desenvolvimento biopsicossocial e sensório­motor. Tendo em vista esses aspectos, a equoterapia é uma das alternativas de terapia complementar que melhor atende às particularidades das crianças com TEA e/ou Deficiência Intelectual ­ DI na atualidade, justificando assim o crescente número de crianças com TEA e DI nos centros e associações de equoterapia. Dessa forma, buscou­se analisar o perfil clínico e os efeitos da equoterapia nos três principais domínios cognitivos de crianças com TEA e/ou DI praticantes de equoterapia no estado da Paraíba – Brasil, por meio de dois capítulos que integram esta dissertação. O capítulo I, descreveu os benefícios das terapias com equinos nas áreas cognitivas de crianças com TEA/autismo, por meio de uma revisão sistemática e metanálise de 29 estudos referentes ao tema. No qual, os resultados encontrados apontaram melhoras significativas nas seguintes áreas cognitivas: cognitivo social, comportamental, comunicação e social afetivo. No capítulo II, analisou o perfil clínico dos praticantes de equoterapia no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil e os efeitos da equoterapia nos aspectos cognitivos de crianças com TEA e DI. Sendo analisados dados e observações presentes em três centros de equoterapia, localizados nos municípios de Areia, João Pessoa e Patos. Através de procedimentos semipresenciais e questionários eletrônicos (online), desenvolvidos pelos autores e profissionais interdisciplinares atuantes em centros de equoterapia. A aplicação dos questionários ocorreu em dois momentos: o primeiro associado à organização e estrutura dos centros, com participação de profissionais e gestores dos centros; e o segundo referente aos efeitos cognitivos pelas perspectivas dos responsáveis legais dos praticantes. Como resultados, identificou­se que os centros possuem estruturas físicas adequadas para realização dos atendimentos de equoterapia e predomínio dos praticantes com perfil clínico neurológico, além de elevados números de casos de praticantes com TEA e multideficiências. Com relação aos efeitos cognitivos analisados em uma amostra de 15 praticantes com TEA e DI, observou­se efeitos positivos nos três domínios cognitivos, destacando­se as áreas cognitivas e o cognitivo social. Desse modo, este estudo é de grande relevância para as crianças e indivíduos em geral com TEA e DI, tendo em vista que os enefícios da equoterapia nos aspectos cognitivos não se encontram aclarados na literatura.