"Era o tempo do pano na porta": instituição e desenvolvimento da feira da sulanca dos anos 1950 aos anos 1980.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BURNETT, Annahid.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/157
Resumo: Esta tese tem como objetivo principal analisar o processo social-histórico de instituição e desenvolvimento do fenômeno produtivo/comercial denominado Feira da Sulanca, o qual se configurou na Mesorregião do Agreste pernambucano nas décadas de 1950 e 1960. Para tal, buscamos recursos na Sociologia do desenvolvimento, na Sociologia do trabalho, na Sociologia rural e na Antropologia social. Focamos na apreensão dos costumes da região, os quais, segundo nossa hipótese, possibilitaram a instituição e desenvolvimento do fenômeno em estudo. São eles: o caráter familiar, domiciliar e informal do trabalho no sítio; a presença marcante das migrações, por razões climáticas e de estratégias para a reprodução social, nas trajetórias de vida das pessoas pobres da região; as feiras livres como práticas socioeconômicas emblemáticas da região agrestina. Utilizamos principalmente, como recurso metodológico, a história oral de vidas através de entrevistas livres com os pioneiros da “saga” sulanca e dos seus descendentes, os quais continuaram no negócio da família. Constatamos que o empreendimento desses agentes sociais de origem rural resultou na formação de uma pequena burguesia sulanqueira a qual “modernizou” a feira, transformando, assim, as relações socioeconômicas e os costumes da região.