A prática cristã e os conflitos com o império romano no segundo século: a retórica apologética de Atenágoras de Atenas na “petição em favor dos cristãos”.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CASTRO, Paulo Samuel Viana.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28714
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a prática cristã e os conflitos desta com o Império Romano. Para isso, são utilizados os escritos apologéticos produzidos no século II d. C., de forma especial a “Petição em favor dos cristãos”, atribuída ao apologista grego Atenágoras de Atenas. A apologia de Atenágoras foi elaborada a fim de dar resposta às acusações acometidas em desfavor dos cristãos. Nesse sentido, Atenágoras refuta três acusações principais, cuja sistematização é feita pelo próprio: ateísmo, atos imorais e antropofagia. Não obstante, por meio dele e dos demais escritores apologistas, é possível nos questionar acerca do interior das comunidades cristãs em formação e, ao mesmo tempo, visualizar os conflitos destas com o poder imperial. São duas realidades que, embora possam parecer intransponíveis, estão em constante relação, o que nos permite utilizar o conceito de cultura proposto por Raymond Williams, bem como os estudos culturais. Desse modo, o discurso apologético de negação para com as acusações sofridas é importante à medida que expressa lugares de poder e se utiliza de diversos instrumentos na busca de seus objetivos. Os embates entre os cristãos e a realidade imperial romana nos possibilita perceber um conjunto de relações desenvolvidas no segundo século, compreendidas analisando metodologicamente os elementos internos e externos aos textos considerados.