Processamento de fios de quitosana em telas para aplicações biomédicas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Henrique Nunes da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23520
Resumo: Este trabalho teve como objetivo desenvolver telas a partir da tecelagem de fios mono e multifilamentares de quitosana obtidos por fiação úmida para possíveis aplicações biomédicas. Além disso, etapas do processo de fiação úmida foram otimizadas para obter fibras com propriedades mecânicas adequadas ao processo de tecelagem. Para o processo de fiação úmida foram utilizadas solução de quitosana a 4% (m/V) e banho de coagulação contendo 70% de hidróxido de sódio (0,5M)/30% de metanol. A cinética de coagulação da fibra foi avaliada por Microscopia Ótica (MO); a metodologia de secagem foi avaliada por Análise Termogravimétria (TGA), Difratometria de Raios-X (DRX) e ensaio mecânico sob tração. O tempo ideal de coagulação foi determinado e a metodologia de secagem mostrou-se eficiente. A partir dos resultados de tração e DRX, optou-se pela condição de secagem dos fios sob tensão. Os fios mono e multifilamentares obtidos foram caracterizados por ensaio mecânico sob tração e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A configuração do fio afetou suas propriedades mecânicas, além disso, verificou-se a partir dos ensaios morfológicos que os fios conservam as características dos filamentos individuais, apresentando a microestrutura típica de fibras obtidas por fiação úmida. As telas obtidas foram avaliadas por MO, ensaio mecânico sob tração, grau de intumescimento, biodegradação enzimática in vitro e citotoxicidade in vitro. A partir dos ensaios de tração e MO optou-se pelo revestimento com uma solução de quitosana a 1,5% (m/V). As telas obtidas a partir dos fios trifilamentares resistiram à cargas mais elevadas. A resistência a tração das amostras no estado úmido mostrou-se semelhante à derme humana. A configuração do fio utilizado na tecelagem influenciou diretamente a quantidade de água absorvida e a cinética de degradação enzimática das telas. Os resultados do ensaio de citotoxicidade in vitro, mostraram que as amostras apresentaram ausência de citotoxicidade, sendo classificadas como satisfatórias. Assim, obteve-se telas de quitosana com boas propriedades mecânicas, biodegradáveis e biocompatíveis, com potencial para aplicações biomédicas, como curativos bioativos, enxertos para engenharia de tecidos, reforço para tecidos moles ou ainda como sistema de liberação controlada de fármacos.