Silêncio ou ecos de vozes femininas em três personagens do romance gráfico Aya de Yopougon.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6893 |
Resumo: | Alocada entre as discussões sobre reatualizações de obras literárias ao longo do tempo enquanto obra estética e as discussões sobre o corpo feminino negro, a partir dos estudos de gênero, esta dissertação resulta em um estudo que tem a mudança e a necessidade desta como palavra chave. Objetivamos, então, investigar as manifestações das vozes femininas na busca pelo direito a si no romance gráfico marfinense Aya de Yopougon, obra que possui seis volumes e tem conquistado cada vez mais leitores ao redor do mundo, possuindo tradução em espanhol, inglês e português e, no Brasil, constituindo o acervo do PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola) das escolas públicas no ano de 2012. A obra aborda questões importantes do ponto de vista sociológico que giram em torno principalmente do direito da mulher na sociedade marfinense durante a década de 1970-primeira década pós-colonial- na Costa do Marfim. As discussões teóricas foram entrelaçadas concomitantemente à leitura da obra, que abarcou os seis volumes e as três personagens mais presentes na narrativa: Aya, Bintou e Adjoua. Nossas discussões teóricas iniciam com as reflexões sobre o romance gráfico enquanto gênero que consideramos como sendo uma dobra do romance, a partir dos estudos do filósofo Leibniz apresentados por Deleuze (1988), e partindo do conceito de literatura menor de Deleuze e Guattari (2003) e de reatualização apresentado por Ghirardi (2014). Em seguida, apresentamos as discussões sobre a literatura africana produzida por mulheres na África de língua francesa, a dita “África francófona”, especialmente na África subsaariana, que se trata de uma literatura considerada recente tendo em vista que data publicamente de 1970. Nossas reflexões a esse respeito estão ancoradas nos estudos de Chevrier (1999, 2008); Fanon (2008); Ouedraogo (1988), Perrot (2017); Rangira (2008), Huannou (1999), dentre outros. Tais discussões deságuam, por fim, nas ponderações sobre o corpo feminino negro e sobre a escarificação simbólica do corpo feminino pautada na discussão sobre violência simbólica apresentada por Bourdieu (1998) e nas discussões de Tiburi (2018), Ribeiro (2018); Renard (2018); Hooks (2015) dentre outras. Do ponto de vista metodológico nossa pesquisa se configura como uma pesquisa qualitativa por seu viés interpretativo, (BOAVENTURA, 2009) com traços de pesquisa bibliográfica e descritiva (TEIS; TEIS, 2006; CHIZZOTTI, 2013). |