O gerencialismo na saúde pública: uma análise sobre o programa de melhoria do acesso e da qualidade na atenção básica à saúde.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12487 |
Resumo: | O Sistema Único de Saúde brasileiro é considerado como uma conquista importante da classe trabalhadora, tendo em vista que possui como lógica o direito à saúde em sua forma universal. Dentre suas principais ações, podemos encontrar a Atenção Básica à Saúde através da Estratégia Saúde da Família. Contudo, desde a década de 1990, em meio ao avanço do Neoliberalismo esse princípio de universalidade é limitado por uma série de elementos pautados na contrarreforma do Estado brasileiro que, dentre outros aspectos, institui a perspectiva gerencialista no aparelhamento estatal. No campo da saúde pública esses elementos surgem de modo a velar às contradições impostas pelo modelo de acumulação capitalista, em especial no tocante a incompatibilidade entre promover uma concepção de gestão em saúde que adota elementos gerencialistas em busca de eficiência, eficácia e efetividade, sem abordar problemas estruturais como o subfinanciamento e o desfinanciamento de recursos, submetidos a um regime fiscal que estrangula a plena efetivação do SUS. Na Atenção Básica à Saúde visualizamos o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ-AB) como um indutor das práticas gerencialistas no trabalho dos profissionais e das equipes em saúde, criado em 2011 pelo governo Dilma Roussef o programa procura viabilizar a indução do gerencialismo para a melhoria de indicadores de saúde através da inserção de metas, índices objetivos. Nesse sentido, a presente dissertação de mestrado apresenta como objetivo analisar de que forma o Estado brasileiro através do PMAQ-AB reproduz o gerencialismo na Estratégia Saúde da Família. Para o alcance desse objetivo realizamos o levantamento bibliográfico em livros e periódicos acadêmicos, além da análise documental com base nos materiais disponíveis no Ministério da Saúde acerca do Programa que foram coletados levando em consideração o período de 2011 até 2018. A esse modo, evidenciamos que o PMAQ-AB apesar de na aparência procurar sistematizar uma conduta administrativa pautada em elementos modernizadores, encontra o próprio limite de sua ação em questões estruturais associadas à concepção de saúde como um recurso a ser gerenciado, remete a responsabilidade pelos indicadores e índices de saúde ao trabalho das equipes de saúde, desconsiderando a esfera política governamental no que diz respeito à manutenção de políticas de austeridade fiscal e desfinanciamento da saúde, além de influenciar na burocratização da dinâmica entre Equipe de Saúde e comunidade. |