Produção de espécies de Jatropha irrigadas com águas salinizadas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: QUEIROZ, Messias Firmino de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1021
Resumo: Jatropha curcas L., Jatropha mollissima (Pohl) Baill e Jatropha gossypiifolia L. são oleaginosas, pertencentes à família Euforbiaceae, e apresentam potencial para produção de biodiesel e de matéria-prima para indústria química, havendo carência de pesquisas relativas aos seus cultivos irrigados com águas salinizadas. Foi feita uma pesquisa de campo conduzida no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual da Paraíba durante o período de abril de 2009 a dezembro de 2010. Objetivou-se avaliar os efeitos da salinidade sobre o crescimento, produção, índices fisiológicos, fases fenológicas e teor de óleo das plantas, bem como impactos no solo, ao final da pesquisa. Os tratamentos consistiram da combinação das três espécies de Jatropha e cinco níveis de salinidade (1,20; 1,80; 2,40; 3,00 e 3,60 dS m ', a 25 °C) aplicados por gotejamento, com uma lâmina de irrigação para repor a evapotranspiração de referência, mais três tratamentos adicionais à parte e em sequeiro para contrastar com os tratamentos salinos, totalizando 18 tratamentos. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas no espaço, 3x 5 + 3, com 3 repetições, totalizando 18 parcelas e 54 subparcelas experimentais. Cada parcela foi subdividida em três subparcelas, uma para cada espécie de Jatropha, cada uma com 18 plantas, área total de 67,5 m2 (9 x 7,5 m), sendo 15,0 m2 de área útil (4 plantas). Os seguintes dados foram analisados: variáveis de crescimento, de produção, fisiológicas e teor de óleo das sementes, além de atributos químicos do solo. As fases fenológicas das três espécies de Jatropha diferiram cronologicamente. Até 165 dias após o transplantio: J. mollissima cresceu mais em altura de planta; J. curcas cresceu mais em diâmetro caulinar;. /. gossypiifolia emitiu mais folhas por planta e as maiores médias de número de folhas por planta das três espécies de Jatropha ocorreram durante a fase de frutificação. As maiores taxas de crescimento relativo em altura de plantas e em diâmetro caulinar ocorreram na fase de crescimento vegetativo, com /. mollissima mais eficiente em altura de planta e J. curcas mais eficiente em diâmetro caulinar. As menores taxas de crescimento relativo em altura de planta e em diâmetro caulinar nas três espécies de Jatropha coincidiram com as fases produtivas das plantas. Condutividades elétricas da água até 3,60 dS m 1 não afetaram as variáveis de crescimento, de produção e o teor de óleo das três espécies de Jatropha. Volume de chuva de 1594,50 mm, até 615 dias após o transplantio, contribuíram com crescimento e produção similar das três espécies de Jatropha nas condições salinas e de sequeiro. Até 615 dias após o transplantio. sob influência dos níveis de salinidade, cada, planta produziu em média: cachos: J. gossypiifolia (951,18 cachos), /. curcas (280,95 cachos), /. mollissima (214,42 cachos); frutos: J. gossypiifolia (3.065,77 frutos), /. curcas (867,25 frutos), J. mollissima (480,05 frutos): fitomassa de frutos: /. curcas (2.148,93 g), J. mollissima (1.259,25 g), J. gossypiifolia (1.088,28 g); fitomassa de sementes: J. curcas (1.477,82 g), J. gossypiifolia (334,72 g), J. mollissima (216,70 g) e teor de óleo: J. curcas (27,81%), J. gossypiifolia (22,36%), J. mollissima (19,58%). Aos 600 dias após o transplantio. os níveis de salinidade diminuíram a condutância estomática, a transpiração e a taxa de fotossíntese líquida de /. curcas e não afetaram J. mollissima e J. gossypiifolia. A lavagem do solo por meio das chuvas lixiviaram os sais. No final da pesquisa, após 120 dias, sob baixo volume de chuvas, alta taxa de evapotranspiração e irrigação com águas salinizadas aumentaram o potencial hidrogeniônico do extrato de saturação, a condutividade elétrica do extrato de saturação e a percentagem de sódio trocável do solo, caracterizando-o como ligeiramente salino e sódico.