Efeito das estruturas de linkagem no fluxo de fluidos em zona de falha de bandas de deformação na Bacia Rio do Peixe, Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Amanda da Conceição Evaristo da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27499
Resumo: O objetivo principal desse trabalho foi analisar o efeito das estruturas de linkagem associado a coalescência de bandas de deformação em uma zona de falha nas propriedades de reservatório, e como elas irão influenciar no fluxo de fluidos de um reservatório siliciclástico. Para tanto, foi selecionado um afloramento na Bacia Rio do Peixe, onde foram levantados e compilados dados petrofísicos (permeabilidade e porosidade), estruturais (direção, frequência, espessura e tipologia) e posteriormente aplicados na geração de quatro modelos de reservatório. Esses modelos foram aplicados na simulação de fluxo utilizando linhas de corrente para duas diferentes estratégias de desenvolvimento, com um poço produtor de óleo e um poço injetor de água. Foram gerados relatórios quinzenais, para um período de produção de 10 anos, abrangendo a visualização das saturações de fluidos e parâmetros de produção nesse período. A análise da permeabilidade mostrou que a intensidade de deformação é inversamente proporcional a permeabilidade dos arenitos. Além disso, foi evidenciado que a incidência das bandas de deformação é fator gerador de anisotropia de permeabilidade nas rochas hospedeiras, sendo as medidas realizadas paralelas ao mergulho das bandas a de maior permeabilidade, enquanto as medidas realizadas ortogonais ao mergulho das bandas a de menor permeabilidade. Com base na intensidade deformação (DB/m), propomos uma nova classificação de fáceis de falha para representar zonas de falha de bandas de deformação: fáceis A (> 11 BD/m), fáceis M (10-6 BD/m), fáceis B2 (5-2 BD/m), fáceis B1 (2-1 BD/m) e fáceis ND (0 BD/m). A análise da relação espacial das fáceis de falha mostrou que essas se distribuem lateralmente, e que a fáceis A e M estão correlacionadas com zonas de clusters. Além disso, vimos que as estruturas de linkagem tem mais impacto na produtividade quando comparadas com as estruturas singles. Evidenciamos ainda que uma zona de falha composta por bandas de deformação não irá compartimentar um reservatório petrolífero, mas sim a restringir o fluxo através da zona de falha. Para os quatro cenários analisados, a presença das bandas de deformação se mostrou responsável por antecipar o water breakthrough, por reduzir o volume de óleo recuperado e aumentar a produção de água de um reservatório petrolífero. Esses fatores foram influenciados pela canalização promovida pela arquitetura da rede de bandas e suas características específicas. Concluímos que a deformação irá impactar negativamente na produtividade dos reservatórios petrolíferos quando analisada a produção através dessa zona de falha.