O campo científico e a agroecologia no Brasil: atores, discursos e políticas públicas.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1336 |
Resumo: | O fomento da prática agroecológica se dá por meio do trabalho conjunto de uma série de pessoas, representantes de discursos e instituições, constituindo atores-chaves para o entendimento das dinâmicas atuais do mundo rural. Dentre as três principais vertentes da agroecologia (prática agrícola, movimento social e ciência), focar-se-á, nessa pesquisa, no âmbito da sua atividade acadêmico-científica. A preocupação desta tese está relacionada com as condições de existência de um campo científico que institucionaliza a agroecologia no Brasil, enquanto uma manifestação específica das várias estratégias discursivas e práticas que envolvem a agroecologia. Sabendo disto, o objetivo geral é analisar o cenário científico agroecológico nacional, enxergando as redes tecidas para a construção deste campo, seus discursos de transformação social, atores e suas implicações na construção de políticas para o mundo rural. A metodologia seguida consiste em uma análise de redes a partir da Teoria Ator-Rede (TAR) de Bruno Latour (2012), posta em prática a partir da leitura de vários textos sobre agroecologia, focando naqueles que tratam de suas características epistemológicas e discursivas e, em seguida, no trabalho de campo propriamente dito, com a realização de entrevistas semi-estruturadas focando nas trajetórias dos atores escolhidos e na observação de eventos acadêmicos da área, levando em conta a capacidade performativa da ciência, onde cientistas, pesquisadores, professores e técnicos de organizações da sociedade civil que se dedicam a esta temática pautam o debate na construção de uma agenda para as políticas públicas. Esta pesquisa mostrou que a institucionalização da agroecologia se faz a partir de uma rede internacional de humanos e não-humanos, conformando grupos de cientistas que procuram acumular capitais ao longo de suas trajetórias profissionais – imbuídos de discursos ecológicos, ambientais e de empoderamento de minorias – para adentrar no Estado em contextos políticos favoráveis e fortalecer iniciativas voltadas para a agroecologia. |