Uso de coprodutos da extração de vermiculita na produção de mudas de espécies arbóreas da Caatinga.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LEITE, Maria José de Holanda.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14388
Resumo: Os processos de degradação ocorrem especialmente nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, e resultam de fatores climáticos e antrópicos, tais como as atividades pecuárias e de mineração. A mineração da vermiculita, além da degradação gerada pela remoção do material em si, gera resíduos sem uso conhecido que ficam depositados no entorno das mineradoras, podendo assorear rios e reservatórios e poluir a água. Este estudo avaliou o uso desses rejeitos ou coprodutos (CP-vermiculita) e o nível de adição de esterco bovino (EB) necessário para a produção de mudas de faveleira (Cnidoscolus quercifolius Pohl.) (Experimento 1) e de jurema branca (Piptadenia stipulacea Benth.) (Experimento 2), comparando estes substratos com o solo de baixio, normalmente utilizado para a produção de mudas. Os experimentos foram conduzidos de abril de 2013 a fevereiro de 2014 em ambiente telado localizado no Viveiro Florestal da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal/Centro de Saúde e Tecnologia Rural/Universidade Federal de Campina Grande (UAEF/CSTR/UFCG), Patos – PB, Brasil, de acordo com um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 6 tratamentos e 5 repetições, totalizando 30 vasos em cada experimento. As médias de altura, diâmetro basal e biomassa seca da parte aérea das mudas de faveleira e de jurema branca aos 100 dias após a semeadura (DAS) se desenvolvendo no CP-vermiculita enriquecido com 20 e 10% EB, respectivamente, foram semelhantes às respectivas médias das mudas em solo de baixio sem adição de EB e foram menores do que as das mudas se desenvolvendo em solo de baixio enriquecido com 33% de EB. Porém, as mudas de faveleira se desenvolvendo no CP-vermiculita com 10 e 20% de EB apresentaram MS na rebrotas igual ou superior às mudas se desenvolvendo em solo de baixio sem adição de EB. As médias de altura, diâmetro basal e matéria seca da parte aérea da jurema branca em CP-vermiculita tenderam a aumentar até o nível de 10% de adição de EB, porém foram inferiores às verificadas para as mudas no solo de baixio. Apesar de resultar em mudas menores, a utilização dos coprodutos de vermiculita enriquecidos com 20 e 10% de esterco bovino é uma alternativa para a produção de mudas de, respectivamente, faveleira e jurema branca, em especial da faveleira, pois apresentam alto poder de rebrota e vigor, possibilitando o aproveitamento e a redução dos impactos ambientais dos coprodutos da extração da vermiculita, evitando a degradação ambiental no local de extração do solo de baixio para a produção de mudas, e permitindo a produção de mudas de espécies florestais da Caatinga.