Por que ninguém me ensina a ler? Eventos e práticas de letramento de pessoas com deficiência intelectual em dissertações do Catálogo CAPES.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31531 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar como os eventos e práticas de letramentos realizados com/por pessoas com deficiência intelectual no âmbito do Atendimento Educacional Especializado (AEE) contribuem para sua aprendizagem da leitura e in(ex)clusão escolar e social. Foi realizada na linha de pesquisa Práticas Educativas e Diversidade, do Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Campina Grande, sob a forma de pesquisa bibliográfica, em um corpus composto por produções publicadas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Quanto aos referenciais teóricos, a investigação fundamentou-se nos Novos Estudos de Letramento, em estudos sobre a constituição sociohistórica da deficiência e da educação de pessoas com deficiência no Brasil. Ademais, orientou-se pelo respaldo legal do Atendimento Educacional Especializado, voltado às pessoas com deficiência, relacionando as prerrogativas do AEE, com as práticas pedagógicas desenvolvidas com/por pessoas com deficiência intelectual a partir do letramento. Como resultado, os dados apontaram que, no âmbito do AEE, os eventos e práticas de letramento contribuem, tanto com o aprendizado, quanto com a inclusão social das pessoas com deficiência intelectual, quando mediados a partir de um planejamento previamente atento às subjetividades dos alunos e que busque motivá-los por meio de atividades desafiadoras e estimulantes. Por outro lado, quando realizados de forma improvisada, individualizada e repetitiva, quando as estratégias de leitura, escrita e compreensão de textos se distanciam dos significados sociais da escrita e da subjetividade das pessoas com deficiência intelectual, os eventos e práticas de letramento contribuem para a perpetuação de uma pedagogia de negação do aprendizado escolar e da inclusão dessas pessoas. Como contribuições pedagógica e acadêmica, propomos aos docentes da educação básica, reflexões acerca do planejamento e execução de suas práticas, bem como um outro caminho para a pesquisa social em educação, ao desenvolver uma análise crítica de dados extraídos de outras pesquisas, porém retomados sob lentes e objetivos distintos das pesquisas originais. Também apresentamos uma possibilidade mais objetiva de pesquisa no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Concluímos afirmando a relevância social desta pesquisa, ao evidenciar a necessidade de (re)pensarmos políticas públicas educacionais que apresentem propostas mais claras e exequíveis para a formação docente, criando estruturas humanas, físicas, tecnológicas e atitudinais, destinadas à uma inclusão, não só de corpo, mas social e de aprendizado, a partir do respeito às peculiaridades das pessoas com deficiência intelectual. |