Variabilidade climática e ocorrência de cheias na zona semiárida da bacia hidrográfica do São Francisco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: DINIZ, Maryfrance de Cássia Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5872
Resumo: Neste trabalho são analisados eventos extremos de precipitação e formação de cheias à jusante do reservatório de Sobradinho na bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Aspectos meteorológicos e hidrológicos das cheias de 1979, 1985 e 2004 são avaliados. Enfoque especial é dado ao episódio de 1985. Com o propósito de investigar a importância relativa da associação entre variáveis atmosféricas na evolução de sistemas convectivos e ocorrência de chuvas extremas utilizou-se a técnica de análise fatorial através de componentes principais. Os resultados mostram que um modelo com 4 componentes é adequado para representar a estrutura inicial das variáveis num domínio de grande escala. As duas primeiras componentes explicam 52,51% da variabilidade total dos dados e indicam que fatores dinâmicos foram preponderantes na definição das condições ambientais analisadas. Nas análises locais a primeira componente mostra que no evento de 1985 as variáveis de maior peso estão altamente correlacionadas com o teor de umidade nos baixos níveis e com o grau de instabilidade da atmosfera. A segunda componente mostra que as variáveis de maior peso estão associadas com processos de aquecimento e resfriamento radiativo. Os resultados para 2004 indicam padrão inverso. A obtenção do RAI (Rainfall Anomaly Index) para estações situadas no Submédio São Francisco mostram a grande predominância de secas em áreas igualmente vulneráveis à ocorrência de cheias e inundações. Valores positivos do RAI mais freqüentes nos meses de março e abril indicam maior vulnerabilidade da região à ocorrência de cheias neste período. A disponibilidade de imagens de radar meteorológico para o ano de 1985 foi fundamental na análise da distribuição espacial, localização, duração e intensidade das células precipitantes. Verificou-se que a localização dos sistemas convectivos em relação aos afluentes do São Francisco foi o fator determinante no processo de formação das cheias.