Simulação hidrológica e aplicação de uma análise multivariada no estudo de chuva-vazão na bacia hidrográfica do rio São Francisco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOUZA, Leandro Rodrigues de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6172
Resumo: O objetivo principal do estudo foi utilizar o modelo hidrológico IPHS1 para simular o processo de chuva-vazão na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (BHSF) e verificar a resposta hidrológica sobre os reservatórios de Sobradinho e Itaparica no ano de 2007. Além disso, aplicou-se Análise Fatorial em Componentes Principais para determinar o padrão e regime de precipitação pluvial na BHSF a fim de verificar os sistemas atmosféricos que atuam na Bacia e sua interação com hidrogramas observados. Foram aplicados os testes estatísticos KMO e Bartlett para verificar o grau de ajuste dos dados multivariados. Após o ajuste do modelo hidrológico no ano de 2005, verificou-se que o modelo IPHS1 conseguiu representar com fidelidade o comportamento da vazão nos pontos específicos sobre a bacia hidrográfica no ano de 2007, inclusive validado o modelo através do teste de Willmott. Ademais, a BHSF apresentou 4 regimes de chuva através da retenção de apenas 4 fatores comum que explicaram situações de anomalias observadas neste ano, talvez devido ao fenômeno de El Niño e La Niña que alteram o padrão de precipitação da área de estudo. Os 4 fatores explicam 84,04% da variância total da precipitação observada, em que o primeiro fator explica 45,98% da variância e mostrou altas correlações com as chuvas ocorridas nos meses de março a setembro, que são influenciadas, principalmente pela atuação de Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL), Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e brisas marítimas. O segundo fator explicou 18,42% da variância dos dados e apresentou correlações expressivas com as chuvas de novembro a fevereiro, e está possivelmente relacionado à Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e Sistemas Frontais. O terceiro fator explicou 11,36% da variância dos dados e apresentou correlações positivas com chuvas em outubro, e pode esta relacionada a Sistemas Frontais. Por último, percebe-se que as contribuições relativas ao quarto fator, com 9,13% da variância dos dados, representado pelo mês de fevereiro, e pode está associado a LI’s. Além disso, os testes de KMO e Bartlett foram estatisticamente relevantes para este estudo. Conclui-se que o modelo IPHS1 pode ser utilizado para previsão de vazão na BHSF, mas é necessário investigar os sistemas precipitantes sobre uma bacia hidrográfica a fim de compreender o impacto que podem causar sobre barragens e reservatórios quando atuam de maneira anômala.