Caracterização da linfadenite caseosa na caprinocultura do Nordeste Brasileiro: epidemiologia, estudo dos fatores de riscos e tipologia das propriedades.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FARIAS, Areano Ethério Moreira de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25521
Resumo: Esta tese é composta por três capítulos. No capítulo I, foi determinada a frequência de anticorpos anti- Corynebacterium pseudotuberculosisem em cinco dos nove estados que compõem a região Nordeste do Brasil. Foram processadas amostras de soro de 2571 caprinos provenientes de 218 propriedades, coletadas entre os anos de 2010 a 2012. O diagnóstico da Linfadenite Caseosa (LC) foi realizado pela técnica de ELISA-indireto. As prevalências encontradas de 88,5% (193/218) das propriedades e 30,4% (783/2571) de caprinos soropositivos sugerem que a LC se encontra difundida nos rebanhos do Nordeste brasileiro. Dentre os reprodutores e matrizes testadas, 37,9 e 42,1% apresentaram sorologia positiva para C. pseudotuberculosis, respectivamente. Entre os caprinos jovens, 8,9% foram soropositivos para LC, observando-se uma diferença estatística na frequência de sopositividade obtidas entre os adultos e os jovens (P<0,001). Reforça-se a necessidade do diagnóstico da enfermidade em rebanhos caprinos da região Nordeste para possível implementação de programas de controle e medidas mais precisas no manejo da LC. Para o capítulo II, foi determinada a soroprevalência de propriedades positivas, animais soropositivos e a avaliação de possíveis fatores de risco para LC, em cinco Estados da região Nordeste do Brasil, (Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, e Sergipe). Foram processadas 2744 amostras de soro de caprinos, de 230 propriedades, com diagnostico através da técnica de ELISA-indireto para LC. 87,8% das propriedades e 30,3% dos caprinos avaliados foram soropositivos para LC. Foram apontados como fatores de risco, a ausência de silo forrageiro (O.R.= 5,39); não separar os animais por sexo (O.R.= 4,16); não separar os animais por idade (O.R.= 6,30); não trocar o reprodutor quando muito velho (O.R.= 7,80) e não tratar o caroço depois que se rompe (O.R.= 10,34). Reforça-se a necessidade de medidas de controle mais especificas, como o emprego de testes sorológicos; tratamento adequado dos animais afetados e seus resíduos e a não introdução de animais com LC nos rebanhos. No capítulo III, diante da grande importância da Caprinocultura no Nordeste Brasileiro, a investigação buscou descrever as características do sistema produtivo da caprinocultura para o Nordeste brasileiro, a pesquisa foi realizada em 230 propriedades rurais de 62 municípios, mediante aplicação de questionário epidemiológico, buscando informações sobre aspectos econômicos, produtivos e sociais dos proprietários/propriedades. O sistema de produção observado foi caracterizado como familiar e de subsistência, para consumo doméstico e comércio local, com baixo nível de tecnificação, bem como os investimentos e assistência técnica, insuficientes ou inadequados para o desenvolvimento pleno da atividade na região. Sugere-se que tais aspectos sejam levados em consideração quanto ao planejamento de políticas públicas futuras, voltadas ao desenvolvimento para a caprinocultura nessa região, especialmente quando relacionados a financiamento e assistência técnica para os criadores.