Desenvolvimento de estruturas compostas de PEEK para cranioplastia.
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT Transformada de Fourier PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23472 |
Resumo: | O Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) é uma situação comum nos hospitais de trauma, e tem se tornado responsável pelas elevadas taxas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, constituindo-se assim em um problema de saúde pública com grande impacto socioeconômico, devido às consequências. O TCE pode se apresentar de diversas formas, entretanto, necessitam de reconhecimento precoce tanto no atendimento primário como no exame clínico e neurológico para iniciar os procedimentos avançados de apoio à vida e diminuir a incidência de lesões neuronais secundárias ao trauma. Quando a vítima de TCE é acometida por lesões na calota craniana em que há necessidade de enxertos, há uma dificuldade em relação à reposição do osso e disponibilidade de materiais adequados com um custo acessível. Com a evolução dos biomateriais, os aloplásticos vêm sendo utilizados com maior frequência nos TCE, dentre eles o Poli éter-éter-cetona (PEEK) que é um polímero biocompatível de alto desempenho quando comparado aos polímeros tradicionais. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo desenvolver e avaliar estruturas compostas de PEEK para a realização de Cranioplastia. As amostras foram obtidas através da técnica de compressão, modulando a porosidade das fases utilizando Cloreto de Sódio (NaCl), as mesmas foram posteriormente lixiviadas para formação dos poros. A matéria prima foi caracterizada por Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e Termogravimetria (TG). Para as amostras que simulam a calota craniana foram caracterizadas por Microscopia Ótica (MO), Microscopia de Força Atômica (AFM) Molhabilidade por medida do ângulo de contato, Resistência a Compressão e Citotoxicidade. No resultado de FTIR observou-se bandas típicas de absorção do PEEK. Através da análise de DSC foi possível observar comportamento de um material semicristalino, quanto aos valores obtidos no ensaio de TG, o PEEK apresenta apenas um pico de perda de massa, que corresponde à degradação, sendo observada uma perda de massa de 46,91% a qual se inicia em 532ºC e vai até 700° C. Ao analisar a morfologia da superfície das amostras, observou-se uma superfície aparentemente rugosa sem poros, foi visto também que a superfície que fica em contato com pastilha de sal apresenta uma certa orientação preferencial, possivelmente acentuada pelo processo de acabamento. Na AFM percebe-se que todas as amostras possuem uma superfície rugosa, com orientação preferencial nas cadeias (sulcos paralelos), que corrobora as imagens obtidas na microscopia ótica. No resultado da Molhabilidade, viu-se que as amostras apresentaram ângulo de contato em torno de 50 a 60° indicando perfil característico de material hidrofílico. Na resistência a compressão verificou-se que a deformação máxima das amostras foi de aproximadamente 20% e a deformação mínima em quase 13,78%. O ensaio de Citotoxicidade indicou a biocompatibilidade do material. Conclui-se que os resultados apontam para efetividade da metodologia utilizada, mimetizando de forma promissora a estrutura básica da calota craniana, sendo possível inferir que as amostras apresentam potencial para serem utilizadas em cranioplastia. |