A poesia de repente volta para casa: Itapetim no circuito de congressos de violeiros.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: SOUZA, Karlla Christine Araújo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11360
Resumo: A cantoria de viola e uma das expressões da poesia popular baseada em narrativas poéticas. Entre o Cordel e a Embolada ela constitui um gênero de improviso. No entanto, a cantoria de viola congrega diversos modos de configuração, desde a apresentação em feiras e praças publicas, passando pela cantoria de bandeja, ate a forma dos Congressos. Baseados em alguns elementos da Cantoria, os Congressos surgiram como meio de enaltecimento para a profissão do repentista no contexto urbano. Por outro lado, o exemplo de Itapetim revela como a poesia rural bebe da fonte da experiencia urbana. O movimento inicial surgiu como meio de migração para grandes cidades e denota a característica itinerante da poesia improvisada. Atualmente, a experiencia vivida pelos cantadores de Itapetim mescla esses dois modelos. A partir deste percurso, é possível verificar como o Congresso no espaço não-urbanizado realiza um constante movimento de criação, recriação e apropriação da tradição. De acordo com a ideia de tradição apontada neste trabalho, constata-se que num contexto pós-moderno, a própria mudança e especular, faz parte de um momento criativo em que o antigo e o novo encontram-se, reinventam-se e reatualizam-se. O fato e que num contexto de uma cultura complexa e globalizada e cada vez mais difícil identificar na constituição de um fenômeno cultural os aspectos que fundamentam a experiencia tradicional e os que fundamentam a experiencia moderna, por causa das múltiplas interações que decorrem desse processo. O exemplo do Congresso de Amadores confirma como essas interações são ambivalentes, interferindo na própria dinâmica da cultura local.