Resistência anti-helmíntica e controle biológico de nematódeos gastrintestinais de ovinos em ambiente semiárido.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Francisca Flávia da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25625
Resumo: No capítulo I, o objetivo do trabalho foi avaliar a ação do Monepantel e outros anti-helmínticos sobre nematódeos gastrintestinais de ovinos do Semiárido da Paraíba. O segundo trata-se da influência do tempo de estocagem de três anos de péletes de M. thaumasium sobre a predação de larvas infectantes de tricostrongilideos de ovinos. O primeiro estudo foi desenvolvido em 20 propriedades, onde utilizamos 30 ovinos de cada propriedade sem tratamento anti-helmíntico a pelo menos três meses. Os animais foram divididos em cinco grupos: grupo I, tratados com 2,0 mL / 10 kg de Albendazol 10%; grupo II, tratados com 2,5 mL / 10 kg de Ivermectina 0,08%; grupo III, tratado com 1,0 mL / 10 kg de Closantel 10%; grupo IV, tratado com 1,0 mL / 10 kg de Cloridrato de Levamisole 5%; e o grupo V, tratados com 1,0 mL / 10 kg de Monepantel 2,5%. Amostras fecais foram coletadas nos dias zero e dez para realização das análises fecais. Para avaliar a resistência, aplicou-se o teste de redução na contagem de ovos por grama de fezes (RCOF) e a coprocultura. Foi observada a multirresistência em todas as propriedades avaliadas, onde 95% das fazendas tinham alta resistência ao Albendazol, 85% à Ivermectina, 80% ao Closantel, 40% ao Levamisole e 45% ao Monepantel. O segundo TRCOF para Monepantel foi realizado quatro meses após o primeiro na propriedade 15, onde o vermífugo foi ineficaz, resultando em eficácia de 75%. Duas ovelhas foram eutanaziadas e necropsiadas, e Haemonchus contortus, Trichostrongylus axei, Trichostrongylus colubriformis, Oesophagostomum columbianum e Trichuris ovis foram recuperados. O segundo estudo foi realizado no Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa, Foram utilizados oito ovinos com OPG negativo, divididos em quatro grupos experimentais: Grupo I, 3g/10 kg de p.v de péletes de M. thaumasium – 36 meses de estocagem, dose única; Grupo II, 3g/ 10 kg de péletes de M. thaumasium - recém produzidos, dose única; Grupo III, 3g/10 kg p.v, de péletes sem fungos; Grupo IV, controle. A cada 24h, até 120 h, as fezes dos animais foram coletadas e enviadas ao Laboratório de Parasitologia Veterinária para realização das análises. Foram pesadas 15 gramas de fezes de cada animal e acrescidas cinco gramas de vermiculite expandida, procedidas as coproculturas e adicionadas 1000 larvas infectantes (L3) de tricostrongilídeos de ovinos, sendo a recuperação larval realizada após sete dias. Observou-se que a predação de larvas no Grupo I (M. thaumasium - 36 meses) não diferiu estatisticamente (p>0,01) do Grupo II (M. thaumasium – recente), apresentando respectivamente reduções de 75 e 79%. Ambos os grupos acrescentaram pico de predação larvas às 72h. O gênero de helminto mais recuperado nas coproculturas foi Haemonchus sp. Concluiu-se que os nematódeos gastrintestinais de ovinos estão resistentes ao monepantel e que foi frequente a ocorrência de multirresistência a antihelmínticos por esses nematódeos. Concluiu-se que o período de estocagem de 3 anos de M. thaumasium na matriz de alginato não influenciou a eficácia da predação de larvas de trichotrongilidea de ovelhas, com alta redução da recuperação larval e presença de atividade fúngica nas fezes até 96 horas após administração aos animais.