Caracterização e análise das secas na sub-bacia hidrográfica do rio Taperoá e avaliação dos impactos e ações de convivência com a seca de 2012-2014 no município de Taperoá-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FARIAS, André Aires de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/985
Resumo: Objetivou-se identificar e analisar os períodos de secas na sub-bacia hidrográfica do Rio Taperoá (SBHRT) e os impactos sociais, econômicos e ambientais e ações de convivência com a seca de 2012-2014 no município de Taperoá - PB. Dados pluviométricos, série 19632014, foram utilizados para analisar o regime de precipitação da sub-bacia; e a severidade dos anos secos, por meio do Índice padronizado de precipitação. A identificação dos impactos foi realizada utilizando-se o método de listagem descritiva check-list, questionários, dados bibliográficos e documentais. Para analisar as variáveis socioeconômicas e as ações de convivência foram utilizados os mesmos materiais dos impactos, exceto o check-list. O período chuvoso dos municípios da sub-bacia ocorre de janeiro a maio, precipitações menores do que a média nesses meses causaram graves impactos. Verificou-se que a maioria das secas que ocorreram na SBHRT se enquadram na categoria moderada, seguido por severa e extrema. A SBHRT foi atingida por secas severas e extremas durante todas as décadas analisadas, no entanto, o maior número delas ocorreu nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010. A seca mais grave foi a de 1998-2000, seguido pela de 1979-1985. A seca de 20122014 não foi a mais grave porque a precipitação foi acima da ocorrida no período de 19982000 e 1979-1985, houve também maior investimento em ações de convivência com as secas e programas sociais implantados pelos governos. Os impactos sociais, econômicos e ambientais da seca de 2012-2014 no município de Taperoá-PB foram: problemas de saúde relativos à baixa disponibilidade hídrica, desigualdade na distribuição de recursos durante a seca, desgaste mental, reduções na alimentação da população, conflitos entre usuários de água, aumento da pobreza, migrações populacionais, redução da pecuária e da produção de culturas, aumento do desemprego, elevação dos custos para transportar água, indisponibilidade de alimentos para animais, perturbação dos ciclos de reprodução, redução de recreação e turismo, prejuízos à flora, à fauna e às espécies piscícolas, e redução da qualidade da água. Os impactos continuaram porque faltou recursos financeiros para implantar programas e as políticas públicas de convivência não foram efetivas, só aparecendo com maior intensidade quando a região estava prejudicada pela seca. Para redução dos impactos é necessário aumentar o número de cisternas, principalmente a calçadão. É necessário também perfurar poços e construir açudes, além de fazer manutenção nos que estejam com capacidade reduzida ou desativados, construir barragens subterrâneas e tanques naturais, terminar e colocar em funcionamento a Transposição do Rio São Francisco, incentivar a gestão dos recursos hídricos, criar programas que visem o fortalecimento da agricultura familiar, incentivando a fenação, silagem, meliponicultura, apicultura, criação de animais e plantas adaptados à região, dentre muitos outros.