Enriquecimento nutricional da palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill): estudo experimental de ampliação de escala.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: CAMPOS, Ana Regina Nascimento.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1810
Resumo: As condições da região semi-árida do Nordeste brasileiro têm levado os criadores a utilizarem a palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill) como alimento básico para os seus rebanhos, uma vez que a sua utilização é possível durante todo o ano, principalmente na ocorrência de estiagens prolongadas. No entanto, a palma apresenta baixo teor protéico e matéria seca quando comparado a outras forragens utilizadas, o que traz conseqüências desfavoráveis ao rebanho, quando se faz uso exclusivo dessa forragem. Através de pesquisas, em escala de bancada, realizadas no LEB, UAEQ/CCT/UFCG, o processo fermentativo semi-sólido mostrou-se tecnicamente viável para o enriquecimento protéico da palma. A partir dos resultados alcançados por estas pesquisas, verificou-se que existe a possibilidade de realização de sua ampliação de escala experimental, utilizando metodologias simples e de fácil aplicação no campo. Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar a ampliação de escala experimental do processo de enriquecimento nutricional (protéico, mineral e energético) da palma forrageira com a levedura Saccharomyces cerevisiae, através da fermentação semisólida, visando à produção de um suplemento nutricional para ração animal. Estudou-se também a influência da adição de uréia associada à adição da levedura sobre o teor de proteína bruta (PB) e aumento protéico (AP), com o uso de biorreatores bandeja e tambor rotativo. Os resultados dos testes preliminares sugeriram que a temperatura de fermentação foi uma variável que não apresentou influências estatísticas sobre as respostas estudadas e, que o maior AP foi encontrado após 24 h de fermentação. Com as análises dos dados experimentais de estudos posteriores verificou-se que tanto com a utilização de bandejas como do tambor rotativo as condições em que foram alcançadas os maiores percentuais de PB e de AP foram as mesmas, sendo: concentração de leveduras de 3% e concentração de uréia de 5%. Nessas condições as fermentações realizadas nos dois biorreatores alcançaram em média 45% de PB, o que representa um AP em torno de 6 vezes, tendo como base o teor de proteína bruta da palma in natura. Com relação ao tempo, nas fermentações realizadas em bandejas o tempo ótimo foi de 8 h e no tambor rotativo esse tempo foi reduzido para 4 h. A palma enriquecida poderá ser utilizada como suplemento nutricional para alimentação animal, pois obedece às normas estabelecidas pela NRC (1989) e pode substituir parcialmente as rações convencionais tormando-se uma alternativa de barateamento dos custos aos produtores. Para o armazenamento da palma enriquecida é necessário que a faixa ideal de atividade de água esteja compreendida entre 0,25-0,35, que corresponde a uma umidade (b.s.) menor que 0,03, eliminando, desta forma, qualquer crescimento de microrganismos.