Análise estrutural de duas fitofisionomias de caatinga em diferentes estados de conservação no Semiárido Pernambucano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: CALIXTO JÚNIOR, João Tavares.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25393
Resumo: O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo) da estrutura fitossociológica de dois fragmentos de caatinga localizados na Estação Experimental da Embrapa Semiárido, Município de Petrolina - PE, e com isto gerar conhecimentos essenciais para subsidiar ações de conservação e manejo da vegetação deste bioma. Nas duas áreas selecionadas (Área I: que sofreu corte raso ha 30 anos e desde então se recupera sem intervenção antrópica e Área II: fragmento de caatinga com histórico de menor antropização), foi realizado um levantamento florístico-fitossociológico utilizando o método das parcelas. Em cada fragmento foram plotadas 10 unidades amostrais, distribuídas de forma aleatória. Todos os indivíduos com o Diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 3 cm foram inventariados, além de serem medidos o Diâmetro a nível do solo (DNS) e a altura total dos mesmos de acordo com o critério de inclusão. A estrutura da vegetação foi avaliada através dos parâmetros usuais. Calculou-se para cada área, o índice de diversidade de Shannon (H') e a equabilidade, através do índice de Pelou (E). A análise das distribuições dismétrica e hipsométrica foi realizada com intervalos de 3 cm e 1 m, respectivamente. Para verificar o padrão de distribuição espacial das espécies na área, utilizou-se o índice de Agregação de Payandeh (Pi). Para analisar a similaridade, utilizou-se o índice de Jaccard (método aglomerativo das medias aritméticas), a distância euclidiana pelo método de Ward e Análise Multivariada através do programa PC-Ord. Na Área I, foram amostrados 432 indivíduos vivos distribuídos em 8 famílias, 10 gêneros e 16 espécies. Na Área II, foram inventariados 296 indivíduos pertencentes a 11 famílias, 9 gêneros e 25 espécies. As famílias que apresentaram maior numero de especies nas duas áreas foram Mimosaceae, Caesalpiniaceae e Euphorbiaceae. O táxon mais abundante nas Áreas I e II foi Mimosa tenuiflora. Os táxons mais abundantes foram também os mais importantes na avaliação estrutural nas duas comunidades. O índice de diversidade e a equabilidade na Área I foram de 1,39 e 0,50, respectivamente, já na Área II foram de 2,52 e 0,78, respectivamente. A partir da distribuição de frequência dos indivíduos em classes diamétricas, observou-se a tendencia tipica de florestas naturais inequianeas, próximo ao modelo de "J invertido", enquanto a distribuição de frequência hipsométrica mostrou que a maioria dos indivíduos apresenta pequeno porte. Na estrutura espacial, de modo geral, pode-se observar uma grande participação de especies vegetais com padrão "agregadas" ou com "tendência a agregação" em ambas as áreas. Através da análise de similaridade e de coordenadas principais observou-se a formação de três grupos distintos. Os resultados evidenciaram que as áreas estudadas apresentam diferenças tanto fisionômicas quanto estruturais, riqueza florística compatível a ambientes de caatinga e que os fragmentos encontram-se em estágio inicial de sucessão (área I) e intermediário (área II), com tendência a recuperação, caso não ocorram perturbações expressivas.