A escrita na internet: de post em post o twitter se configura como espaço discursivo.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7804 |
Resumo: | O acesso à internet e à tecnologia alcança números crescentes com o passar dos anos, e, na cultura digital, a interação social, de grande parte da população, agregada ao uso dos aparelhos tecnológicos, configuram um novo modo de produzir linguagem. As redes sociais constituem os espaços virtuais mais utilizados para comunicação pessoal e coletiva, asseverando entretenimento e compartilhamento de informações. A rede social é também um espaço para posicionamentos, no qual os sujeitos podem manifestar suas opiniões sobre os mais variados temas, por meio da linguagem, principalmente, a escrita. Diante desse contexto, apresentamos o seguinte questionamento: Como funciona o discurso sobre a escrita na rede social Twitter, e que lugar ocupa o ensino da escrita, a partir dos posicionamentos desses sujeitos? Assim, objetiva-se, de modo geral, investigar os discursos dos atores-rede sobre a escrita na internet, que circulam no Twitter, de modo que revelam o lugar do ensino da escrita. Especificamente, busca-se identificar e descrever os aspectos que constituem esses discursos; analisar e refletir sobre o lugar do ensino da escrita a partir dos discursos dos atores-rede. A pesquisa está situada no campo da Linguística Aplicada, tendo em vista que abarca o discurso dos próprios sujeitos da rede para construção de um conhecimento a respeito da escrita na internet. Como base teórica, busca-se articular conceitos a partir de Buzato (2016), sobre a rede e a Teoria dos Atores- Rede; Santaella (2009) e Rojo; Barbosa (2015), sobre cultura digital; Lankshear; Knobell (2007), sobre as novas mentalidades e novos letramentos; Bakhtin (2003[1979]), para refletir e justificar o Twitter como espaço discursivo; Em Faraco (2008), encontra-se suporte sobre a norma padrão; em Shepherd; Saliés (2013) e Rajagopalan (2013), sobre a linguística da internet. Trata-se de uma pesquisa pautada no paradigma científico da complexidade, numa perspectiva descritiva, tipo documental, inserida no campo dos estudos da Análise do Discurso bakhtiniana. O corpus foi obtido a partir dos prints de tweets sobre “escrever na internet”, capturados na própria rede social. Após a coleta e observação dos dados, classificamos três categorias de análise: Movimento Discursivo de Resistência (MDR) – subdividido em Negação e Adaptação, Movimento Discursivo entre Resistir e Aderir (MDRA), e Movimento Discursivo de Aderência (MDA). Os dados são discutidos também para articulação dos discursos às concepções de ensino da escrita. A análise compreendida revelou que há uma dualidade entre posicionamentos, resistentes e aderentes à escrita na internet, além de posicionamentos que defendem estilos individuais de escrita. Constata, também, que os discursos dos atores-rede trazem marcas de concepções tradicionais de ensino, consequência de um ideal objetivo de língua padrão, transmitido pelas instituições ao longo da história. O estudo, portanto, aponta para o desafio da escola, uma vez que deve promover uma pedagogia que considere a natureza da cultura digital, a fim de contribuir para uma educação crítica e reflexiva, considerando o caráter heterogêneo da língua. |