Filosofar no ensino médio: perspectiva de uma filosofia africana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PIMENTEL, Ijaelson Clidório.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - PROF-FILO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12726
Resumo: A dissertação em questão tece uma conjunto de discussões sobre a identidade da filosofia africana, para propor uma aprendizagem que tem como base o filosofar no Ensino Médio. Para isso, o objetivo da pesquisa consiste em investigar a filosofia africana e construir uma proposta pedagógica de ensino de filosofia para além do eurocentrismo. Esta acontece focada na noção de aprendizagem na diversidade, apontando caminhos de descolonização epistêmica e efetivando atividades em que as culturas sejam consideradas como iguais. A problemática da investigação diz respeito à afirmação de uma filosofia africana, da qual emana um modo de ensino afroperspectivista, apoiado em leituras, análises e produções textuais. Uma abordagem, no sentido de desconstruir a ideia hegemônica, que rotula a produção africana como inferior à tradição europeia e norte-americana. Tal estudo está empenhado não somente em desenvolver uma produção de cunho teórico ou uma dissertação que fala sobre uma prática de ensino, mas um fazer filosofia, testando em sala de aula. Assim, inicialmente, partiu-se de um estudo teórico sobre a filosofia africana, por filósofos da África, afrodescendentes e europeus que escrevem por um viés de descolonização do pensamento, bem como autores que pensam, filosofia e ensino de filosofia focado na diversidade, a destacar-se: TOWA (2015), APPIAH (1997), FANON (2008), ORUKA (2002), DANTAS (2016, 2018) NOGUERA (2011, 2014), DIOP (1983), ASANTE (2016), KAPHAGAWANI; MALHERBE (2002), JANZ (2008), MACHADO (2014), MBEMBE (2015), MONTOYA (2014), NASCIMENTO (2009), RAMOSE (2003), dentre outros. Emoldura-se a abordagem do filosofar no Ensino Médio com as diversas atividades, alinhado ao método de procedimento de pesquisa participante. Indicouse uma aprendizagem da filosofia, em vista do filosofar, através da sensibilização, visualização cinematográfica, leitura, problematização e produções, valorizando as expressões textuais e orais, análise de dados e caracterizações e discussões. Referente à investigação em torno da filosofia negro-africana e o desenvolvimento de uma prática em sala de aula, para além do eurocentrismo, proporcionou-se a temática africana em uma abordagem afroperspectivista, a qual abre possibilidades de diálogo filosófico com as diversas culturas, considerando-as entre iguais. A pesquisa, portanto, não quer investir em um modelo de ensino e aprendizagem, mas traz um exemplo inspirador de caminhos para se pensar um ensino de filosofia que valorize a diversidade e rompa com a ideia historicamente cristalizada de um exclusivismo epistemológico grego-europeu.