A filosofia africana no currículo do Ensino Médio
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16961 |
Resumo: | O nosso trabalho estabelece as relações entre a colonização como sustentáculo da modernidade e como este fato teve impacto nas subjetividades dos povos, que sofreram este processo. Entendemos que o discurso entre civilizado e não civilizado foi primordial para manutenção de poder entre grupos. Para problematizar a colonialidade do saber buscamos outros autores trilhas, pistas que nos permitissem refletir sobre essa questão. É neste sentido, que o ensino de Filosofia no Ensino Médio surge como possibilidade de estabelecer outras relações sobre o fazer filosófico. Elegemos como objetivo central do trabalho: problematizar o currículo eurocêntrico de Filosofia do Ensino Médio e o apagamento de outros conhecimentos filosóficos, sobretudo, os produzidos por povos africanos, que possibilitariam ressignificar o olhar sobre a África, sobre os africanos e a Diáspora. Compreendemos que a Filosofia possui um papel importante no projeto de educação Antirracista. Dessa forma, elencamos como objetivos específicos desse trabalho de pesquisa: analisar os enfrentamentos humanos articulados ao conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, sob a égide de saberes prescritos que são pacotes didático-curriculares excludentes da diversidade étnicocultural; pesquisar os possíveis desdobramentos das políticas educacionais nas realidades e linguagens sociais de resistência à manifestação do preconceito e o estabelecimento no plano da formação para a diferenciação humana; compreender as raízes históricas que justificam a manutenção da formação eurocêntrica no atual estágio e como as práticas decolonizantes na dialética entre teoria e prática, ensino e aprendizagem podem modificar o cotidiano escolar ao inserir no currículo o ensino de Filosofia africana. Nosso trabalho é de revisão bibliográfica, e também, partindo da proposta metodológica de Spivak (2014) realizamos algumas rodas de conversas com alunos do Ensino Médio do Colégio Souza Duarte dessas rodas surgiram alguns desenhos, como resposta ao conteúdo que ministrávamos em sala de aula. Estabelecemos como suporte teórico metodológico: Moreira e Silva (2002), para acompanhar as discussões sobre as práticas curriculares e sua produção como artefato social ; Fanon (1961) para conhecer o início do pensamento africano e a interlocução com a obra de Freire (1967); Elias ( 1993 e 1994), para conhecer os conceitos de civilização e barbárie e assim dialogar com os autores decoloniais, entre eles: Walsh (2005, 2007); Quijano (2010); Mignolo (2003); Torres (2007); e Santos (2006; 2010) nos quais analisaremos os conceitos de colonialidade do saber, colonialismo, Filosofia, decolonialidade. Defendemos como hipótese que o ensino de Filosofia pode auxiliar na caminhada antirracista por trazer novas significações sobre as produções de saberes em especifico a Filosofia africana, como resultados consideramos a possibilidade de formação emancipatória pelo conhecimento que torne possível o repensar dos objetivos da formação escolar enquanto formação humana, sinalizando que, estudar a Filosofia africana é importante em um país que tem uma relação direta com a África |