Representações da morte em contos de Mia Couto: vivências estéticas em sala de aula.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/18960 |
Resumo: | A morte é um fenômeno natural integrante das quatro etapas do ciclo vital (nascer; crescer; reproduzir; morrer). É um acontecimento que, comumente, o ser humano não está preparado para experimentar. Vista ainda como um tabu por parte da população, muitos optam por silenciar-se sobre ela e, até mesmo, negá-la. Acreditando, portanto, que trabalhar as representações da morte a partir das narrativas de Mia Couto, pode auxiliar o educando na construção de um indivíduo mais crítico e reflexivo sobre o tema, é que propomos esse estudo. O objetivo geral da pesquisa é refletir acerca das representações simbólicas da morte em sala de aula, partindo da análise e recepção dos contos “O Rio das Quatro luzes”, “O fazedor de Luzes” e o “Cego Estrelinho”, do escritor moçambicano Mia Couto, por alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública localizada no município de Remígio-PB. Os instrumentos para a coleta de dados da pesquisa foram de 02 questionários (sendo um aplicado aos professores e outro aos alunos), um diário de campo para a pesquisadora e Smartphone para a gravação de áudios e vídeos durante as aulas. Os pressupostos teóricos norteadores dessa pesquisa estão fundamentados em três vertentes: a primeira ligada à temática da morte e suas representações ao longo dos anos; a segunda volta-se para a compreensão dessa temática na literatura moçambicana, e a terceira relacionada à metodologia de leitura voltada para o processo de formação do leitor literário, com aplicação (em parte) do método recepcional. Para a fundamentação teórica, dentre muitas, contamos com as contribuições de Morin (1988), Ariès (2012), Goldberg (1992), Kovács (1992) e Kübler-Ross (1996) e Munanga (2007a) para refletirmos sobre a temática da morte; Cavacas (2015), Martinez (2008), Munanga (2007b) e Covane (2014) sobre literatura moçambicana e teoria pós-colonialista; Hans Robert Jauss (1979), Lígia Cademartori (2009), Teresa Colomer (2007), Michéle Petit (2008), Regina Zilberman (1988) e Bordini e Aguiar (1988) para as ponderações acerca do ensino de literatura. O resultado da experiência de intervenção realizado merece dois destaques: 1. um trabalho de intervenção que parte da interação entre texto literário e aluno leitor só é possível quando se oferece condições favoráveis para a realização de uma leitura que priorize ao educando vivenciar os efeitos estéticos provocados pelo texto através de atividades motivadoras; 2. a oportunidade de testarmos uma sequência didática que requisitou uma temática de concepção universal (a morte), mas que se particularizou por ter como objeto de estudo um contexto específico – aspectos da cultura moçambicana, possibilitou aos alunos uma ampliação da concepção de interculturalidade. |