História ambiental da cidade dos índios (ETNIA TIKUNA) frente á urbanização da cidade do governo (município de Tabatinga), Amazonas (1964 - 2017).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17025 |
Resumo: | A etnia Tikuna é a maior população indígena brasileira, distribuída nos países vizinhos, Peru e Colômbia. Do lado brasileiro, ocupa a região do Alto Solimões – Amazonas, os quais vivenciaram vicissitudes socioambientais ao longo da calha do rio Solimões. A vasta distribuição dos Tikuna permitiu novas formas de sociabilidades perante o surgimento de novos municípios nas fronteiras com as comunidades indígenas. A tese teve como objetivo analisar as relações estabelecidas entre a cidade dos Índios (etnia Tikuna) frente à urbanização da cidade do Governo (município de Tabatinga), Amazonas (1964 -2017) historiando o contado de diferentes atores sociais, possibilitando entender a dinâmica das transformações vivida pela Terra Indígena de Umariaçu, desde o processo de territorialização à sua demarcação pelo aparato do Estado. O estudo esboçou as vicissitudes decorrentes dos marcos cronológicos: a abertura da pista de pouso do Aeroporto Internacional de Tabatinga, a criação da Colônia Militar e a abertura da Avenida da Amizade. A urbanização desencadeada pelos planos governamentais do período militar adentrou as regiões de florestas ocupadas pelos povos tradicionais, iniciando, assim, as transformações nos ambientes do maior ecossistema do Mundo, a floresta Amazônica. A urbanização da cidade colocou em pauta o modo de vida de inúmeros indígenas, que visualizou a derrubada de importantes espaços simbólicos e, também, de ecossistemas diversos de árvores, igarapés, diminuindo gradativamente a flora e a fauna. Os recursos naturais foram sendo eliminados para colocar em prática a formação dos centros urbanos emergidos na floresta. Por fim, foi dado voz aos principais protagonistas da Terra Indígena de Umariaçu, os Tikuna, em que saberes e olhares se entrelaçaram para entender a dinâmica dos elementos identitários. Para os Tikuna, o presente e o futuro são os desafios a serem reafirmados e reinventados no contexto socioambiental do século vigente, perante a fragilidade imposta pela urbanização que avança sobre a floresta Amazônica. |