Crescimento, crise e qualidade de vida no Brasil: uma verificação das décadas de 70 e 80.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: TORRES, Ranieri Ferreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4244
Resumo: O presente estudo objetiva mostrar a evolução do nível de qualidade de vida da população brasileira no decorrer das décadas de 70 e 80. No primeiro momento quando o Brasil vivia um período de grande dinamismo econômico, o chamado crescimento acelerado, com expansão do emprego à uma taxa de 7% ao ano, muito acima da elevação da população economicamente ativa (PEA). Isto se verifica concomitante e paradoxalmente à uma crescente desigualdade social e à uma péssima distribuição de renda. Em contrapartida, nos anos 80, período conhecido como "década perdida" ou de estagnação econômica, evidencia-se um quadro diferente, que se caracteriza por um notável progresso de alguns indicadores sociais que ocorre não obstante à recessão que caracterizou a década, tal como a esperança de vida ao nascer, que melhora substancialmente nos anos 80, quando comparado aos anos 70, assim como a diminuição em termos percentuais do número de analfabetos e o de habitantes por médico. No que se refere aos coeficientes de mortalidade infantil, o que se observa é uma queda para cerca da metade daqueles vistos em 1970. Ainda nos anos 80, merece destaque a emergência da agricultura como uma liderança no setor econômico, que passa a funcionar como força estabilizadora que amortece o colapso do crescimento de renda. É importante salientar que esta significativa melhora em alguns indicadores sociais em plena "paralisia dos indicadores econômicos", é atribuída ao pacote de investimentos sociais executados na década de 80 pelo Estado. A partir dos dados disponíveis, construiu-se um índice o qual se prestará à análise quantitativa da qualidade de vida, usando-se como subsídio seis indicadores sociais, quais sejam: mortalidade infantil, esperança de vida, renda familiar, taxa de desemprego, taxa de analfabetismo e grau de escolaridade. Os dados estudados concernentes a esses indicadores apontam para um agravamento crescente da qualidade de vida no país, conseqüente sobretudo à deterioração de alguns índices na região Nordeste e estagnação, ou até queda dos mesmos índices, em estados da Região Sul.