Avaliação epidemiológica de agentes infecciosos da esfera reprodutiva em ovinos no Semiárido Brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: FARIAS, Areano Etherio Moreira de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25529
Resumo: Os objetivos do presente trabalho foram determinar as prevalências de propriedades positivas e animais soropositivos para Chlamydophila abortus em ovinos deslanados da região semiárida do Nordeste do Brasil, identificar fatores de risco e identificar rebanhos ovinos com histórico de problemas reprodutivos (abortos e mortalidade perinatal) associados à presença de C. abortus, Brucella ovis e Leptospira spp. Foram colhidas amostras de sangue de 476 ovinos procedentes de 72 propriedades em 14 municípios na mesorregião do Sertão, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico sorológico das infecções por C. abortus, B. ovis e Leptospira spp. foram utilizados os testes de fixação de complemento, imunodifusão em gel de ágar (IDGA) e soroaglutinação microscópica (SAM), respectivamente. Uma propriedade foi considerada positiva quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 72 propriedades usadas 38 (52,8%) apresentaram pelo menos um animal soropositivo para C. abortus, e do total de 476 animais 94 (19,7%) foram soropositivos. A participação em exposições (odds ratio = 4,31; IC 95% = 1,80-10,35; p=0,011) foi identificada como fator de risco. As prevalências de focos de B. ovis e Leptospira spp. foram de 33,3% e 27,7%, respectivamente. As propriedades com histórico de aborto (31,9%; 23/72) e mortalidade perinatal (54,2%; 39/72) apresentaram pelo menos um ovino soropositivo para um dos agentes infeciosos. Para abortos, a prevalência de focos de C. abortus foi 60,8%, seguido de B. ovis (43,4%) e Leptospira spp. (30,4%). Para mortalidade perinatal, a prevalência de focos foi de 64,1% para C. abortus, 38,4% para B. ovis e 33,3% para Leptospira spp. Sugere-se que esses agentes podem ser causa importante de problemas reprodutivos na região semiárida, e recomenda-se que esforços sejam concentrados nas atividades de educação sanitária junto aos técnicos e produtores rurais no tocante à condução de medidas de prevenção e controle dessas infecções, bem como no diagnóstico direto nos casos de abortamento e mortalidade perinatal.