Bloqueio anestésico do plexo braquial por via supraclavicular e avaliação eletrocardiográfica em Sapajus libidinosus (Spix, 1823) sob contenção química com tiletamina-zolazepam e propofol.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LA SALLES, Ana Yasha Ferreira de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25609
Resumo: Dentre os protocolos necessários para auxiliar à manipulação e reduzir os riscos de vida para o animal, a anestesia, em particular a anestesia local, se torna uma excelente ferramenta farmacológica. Dentre as técnicas de anestesia local, a anestesia do plexo braquial visa o bloqueio de determinada região do membro torácico para procedimentos cirúrgicos com maior margem de segurança, podendo ser realizada por cinco vias, dentre as quais, a via supraclavicular demonstra ser a mais viável no macaco-prego, segundo a literatura. Além disso, o monitoramento da função cardiorrespiratória durante procedimentos anestésicos promove segurança ao animal. Objetivou-se determinar o padrão eletrocardiográfico de macacos-prego (Sapajus libidinosus) e avaliar a técnica do bloqueio do plexo braquial pela via supraclavicular desses animais. Para tanto foram utilizados oito animais para o estudo de bloqueio de plexo e nove para o estudo do eletrocardiograma. Inicialmente os animais foram sedados com tiletamina-zolazepam por via intramuscular (5 mg/kg), sendo realizado o ECG que durou aproximadamente três minutos, em único registro. A interpretação do eletrocardiograma determinou: frequência cardíaca (FC) em bpm e ritmo cardíaco, onda P (ms/mV), intervalo PR (ms), onda R (mV), complexo QRS (ms), onda T (mV), intervalo Q-T (ms), intervalo QT corrigido (ms) e eixo elétrico (°). Posteriormente, a anestesia foi induzida por via intravenosa, com bolus de propofol (0,5-1,5 mg/kg), sendo os animais mantidos em plano de hipnose. Estes foram submetidos ao bloqueio de plexo braquial com auxílio de neurolocalizador, utilizando lidocaína 2% sem vasoconstrictor (5 mg/kg). Foram avaliados parâmetros fisiológicos, nocicepção por meio de aparelho de eletroterapia, a resposta ao estímulo elétrico e a sensibilidade cutânea, antes da injeção do plexo braquial e aos 5, 10, 15, 20, 30, 40 e 50 minutos após. Os grupos foram comparados pelo teste de Tukey ou Friedman a 5% de significância, usando o programa estatístico Bioestat 5.0. No traçado eletrocardiográfico, a maioria dos macacos apresentaram ritmo sinusal normal, seguido de um animal com taquicardia sinusal. Durante avaliação do bloqueio, a temperatura corporal apresentou redução a partir de 5 minutos e não houve diferença significativa dentre as demais variáveis fisiológicas. O tempo médio de retorno do movimento espontâneo dos membros ultrapassou os 50 minutos de avaliação. Nenhum animal mostrou marcha anormal após o experimento. Todos os animais apresentaram recuperação anestésica silenciosa, sem excitação, vocalização ou movimentos catalépticos.