Estudo da viabilidade produtiva na obtenção de enriquecidos proteicos para ração animal a partir de resíduos de fruta.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2131 |
Resumo: | As indústrias de processamento de frutas geram grandes quantidades de resíduos e em geral estes resíduos são descartados no ambiente, misturando os oriundos das diferentes frutas. Um aproveitamento racional e eficiente desses resíduos como substrato para a produção de proteínas microbianas poderá dar resultados satisfatórios na produção de suplementos para rações, contribuindo também para minimizar os problemas de deposição dos resíduos e agregar valor aos resíduos em forma de suplemento proteico. O presente trabalho foi realizado com o objetivo geral de viabilizar o processo de obtenção de enriquecidos proteicos para ração animal a partir de mistura dos resíduos agroindustriais do processamento de frutas, com estudos de casos com os resíduos do abacaxi, pedúnculo do caju e maracujá visando a produção de suplemento proteico animal, a logística de distribuição e a minimização dos custos do produto final através de análise econômica. Foi realizada a caracterização físicoquímica da mistura dos resíduos in natura e enriquecidos. O estudo do enriquecimento proteico foi realizado por fermentação semisólida (FSS) utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae como inóculo e mistura de resíduos de abacaxi, caju e maracujá como substrato. O enriquecimento foi realizado em estufa com circulação de ar e em câmara climática com umidade relativa do ar controlada. As condições de operação foram: percentagem de leveduras entre 3 e 8%, temperatura de 33 e 35 ºC e umidade relativa do ar de 60, 70 e 80%. Foi observado que a mistura de resíduos, mesmo em condições diversas das recomendadas, apresentou índice de enriquecimento proteico compatível com os relatados na literatura para os resíduos individuais, obtendo-se um produto com 20% de proteína bruta (b.s.). As melhores condições foram T = 35 ºC, inóculo de 3% de levedura e 80% de umidade relativa. Nestas condições o consumo de açúcares redutores foi de 3,422% e a umidade final dos resíduos enriquecidos de 78,24%. Foi realizado levantamento para identificação dos fornecedores de resíduos e de seus potenciais produtores na Região Nordeste, especificamente nos estados de Alagoas-AL, Ceará-CE, Paraíba-PB, Pernambuco-PE, Rio Grande do Norte-RN e Sergipe-SE. Mediante estudo de caso, através do método do centro de gravidade a localização recomendada para uma unidade produtora no estado de Sergipe foi o município de Estância. A análise preliminar de custos aponta para a viabilidade de produção, com preço final aproximado de R$ 0,47 por quilograma de suplemento proteico produzido, o que indica um valor muito competitivo em relação às alternativas tradicionais. |