Relações entre as formas de governança de arranjos produtivos com a competitividade e o desenvolvimento local sustentável.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SOUZA, Sandra Maria Araújo de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1728
Resumo: Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) têm assumido um papel de destaque, dentro do padrão cooperação interfirmas, sugerindo a importância da governança no incremento dos níveis de competitividade e sustentabilidade. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo geral analisar as relações entre as formas de governança encontradas nos Arranjos Produtivos locais e os níveis de sustentabilidade de espaços geográficos e a competitividade de setores e segmentos específicos. O foco do estudo dá-se nas empresas do setor de confecções que estão inseridas nos APLs dos municípios de Campina Grande e João Pessoa. Foi utilizada como suporte teórico a literatura sobre Arranjos Produtivos Locais, Competitividade, Desenvolvimento Sustentável e Governança com o objetivo de identificar conceitos, modelos e princípios fundamentais em seus fatores constituintes. Para atingir o objetivo proposto o estudo foi dividido em cinco etapas: 1) a identificação dos APLs de acordo com a metodologia proposta por Suzigan (2006); 2) a mensuração dos níveis de sustentabilidade dos municípios estudados utilizando a metodologia proposta por Martins e Cândido (2008); 3) a identificação dos níveis de competitividade das empresas de confecções dos APLS estudados, utilizando um questionário adaptado do modelo proposto por Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997); 4) aplicação do instrumento de pesquisa baseado no modelo de Jones, Hesterly e Borgatti (1997) junto às mesmas empresas estudadas anteriormente, e aos atores e as instituições presentes nos arranjos estudados; e por último, a apresentação das possíveis relações entre os três constructos analisados. Confome a metodologia de Suzigan (2006) foram delimitados 04 (quatro) APLs de confecções na Paraiba – Campina Grande, Catolé do Rocha, Guarabira e João Pessoa, no entanto, para o presente estudo foi feito um recorte a partir da importância dos arranjos dentro do contexto estudado, reduzindo o estudo aos APLs de Campina Grande e João Pessoa. Com relação ao nivel de sustentabilidade local o mesmo foi considerado aceitável para ambos os municípios. O nível de competitividade do APL de Campina Grande foi considerado desfavorável em relação aos fatores empresariais, estruturais e sistêmicos. Já para o APL de João Pessoa o nível de competitividade encontrado apresentou-se como favorável para o fator sistêmico e desfavorável para os demais. Com relação à análise das estruturas de governança presentes nos APLs estudados, observou-se a partir dos parâmetros estabelecidos para as variáveis analisadas que todas apresentaram resultados desfavoráveis. Desse modo, a premissa adotada no presente estudo quanto ao fato de que as estruturas de governança adotadas podem interferir nos níveis de competitividade de segmentos específicos e de sustentabilidade de espaços geográficos apresenta-se como consistente. Na medida em que tanto a melhoria da competitividade das empresas quanto à proposta de viabilização de um desenvolvimento local sustentável requerem o envolvimento e a participação dos atores sociais. E, ambos requerem também um aparato institucional formal e informal, legitimado e reconhecido que favoreça os laços de cooperação entre atores diversos.