Desafios e possibilidades da transposição informática durante o ensino remoto emergencial em aulas de língua portuguesa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MORAIS, Lucas Ribeiro de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33569
Resumo: Durante a pandemia da COVID-19, alunos e professores foram surpreendidos e necessitaram se adaptar a uma realidade cheia de dúvidas e desafios, especialmente envolvendo tecnologias. Problematizando os usos destas em sala de aula, Balacheff (1994) apresenta o conceito da Transposição Informática (TI), compreendida pelo planejamento, elaboração e execução das aulas em ambientes digitais, em todo o processo até a realização da aula, como foi o caso do ensino remoto. Tratando especificamente do ensino de língua, termos variáveis adicionais que necessitam de atualização de aspectos científicos sobre língua/linguagem. Observando esses aspectos, a questão de pesquisa norteadora desta pesquisa é: que possibilidades e desafios foram enfrentados por professores de Língua Portuguesa de Campina Grande – PB durante a pandemia da COVID-19 em relação à Transposição Informática (TI)? O objetivo geral da pesquisa é: evidenciar como ocorreu o processo de Transposição Informática (TI) em aulas de Língua Portuguesa (LP) para o ensino fundamental II e ensino médio da cidade de Campina Grande - PB, durante o contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Seus objetivos específicos são: a) identificar desafios e possibilidades da atuação docente relacionados ao Universo Interno, Interface e Universo Externo da TI durante o ERE; b) analisar desafios e possibilidades do processo de TI no ensino de LP durante o ERE; c) discutir aprimoramentos em relação ao processo de TI e ao ensino remoto de LP a partir da voz das docentes entrevistadas. Diante desses objetivos, esta pesquisa é considerada qualitativa, com a observação de individualidades e contextos e aprofundamento de questões relevantes para os objetivos propostos (CRESWELL, 2010). Para isso, o processo de geração de dados foi realizado em duas etapas. A primeira ocorreu com a aplicação de um questionário on-line para doze professoras que realizaram aulas remotas de LP durante o ERE em Campina Grande-PB. Na segunda etapa, três dessas docentes participaram da realização de entrevistas virtuais individuais. Conectamos esses dados gerados com o nosso aporte teórico, baseado especialmente em Chevallard (1991), Bordet (1997) e Medrado (2015), entre outros, em relação à Transposição Didática; Balacheff (1993; 1994), Conraux (2000) e Caiado (2011), entre outros, sobre a TI, nas teorias de Caiado sobre o tema especificamente no ensino de LP, Fernandes (2007), além de Coll, Mauri e Onrunbia (2010) e outros sobre as TIDCs. A partir dos dados gerados, pudemos identificar que o processo de TI nas aulas das professoras ouvidas ocorreu com desafios mais evidentes no aprendizado e manuseio das ferramentas digitais em si do que propriamente na aplicação de conteúdos da LP. As possibilidades foram encontradas especialmente na etapa da Interface, tornando as professoras experimentadores e tão aprendizes quanto os alunos em relação a programas e aplicativos. A atuação das docentes contou com desafios apresentados especialmente a partir de fatores externos, cujas possibilidades foram oferecidas aos especialmente através dos próprios programas. As professoras tiveram experiências de sobrecarga e impotência, mas consideraram a experiência com aprendizados evidentes, pelos quais sugeriram que transportemos algumas das facilidades do ERE para o ensino presencial, assim como trabalhemos melhor a formação continuada utilizando as TDICs e aprimoremos os aspectos do ensino na modalidade remota. Concluímos que o conceito da TI e as reflexões trazidas nesta pesquisa, especialmente aliados a relatos como os aqui levantados, podem contribuir com debates inevitáveis sobre o uso das TDICs em nosso sistema de ensino.