Congregacionais entre o protestantismo reformado e o pentecostalismo: o fenômeno da pentecostalização e o caso das Igrejas Evangélicas Congregacionais Vale da Bênção.
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17941 |
Resumo: | Nesta dissertação problematizamos o fenômeno da pentecostalização do “protestantismo histórico”, a partir de um estudo de caso de uma Igreja do segmento congregacionalista. Analisando fatores internos e externos ao campo evangélico, que potencializaram a emergência desse fenômeno sociorreligioso, construímos nossa perspectiva teórica com base (1) na abordagem histórico-sociológica da conceituação de pentecostalismo, pentecostalidade e pentecostalização, colocando-a em interface com a teoria do hibridismo cultural, como formulada por Canclini e Burke; (2) no conceito de pentecostalidade, como formulado por Morante; e (3) em contribuições de McGrath, Mendonça, Hervieu-Léger, Bittencourt Filho, Guerra, Campos, Freston, Rivera, Berger, e Almeida, dentre outros autores. Ainda em termos conceituais, utilizamos os estudos histórico-teológicos de Dayton, Synan e Siqueira, para problematizar o padrão discursivo que denominamos quadrilátero pentecostal, que dá tônus ao imaginário social do Movimento Pentecostal. Em termos de metodologia, estudamos o caso das Igrejas Evangélicas Congregacionais Vale da Bênção de Caruaru, realizando entrevistas semiestruturadas com uma amostra intencional de pastores e líderes congregacionais, além de uma pesquisa documental. Dentre as principais conclusões de nossa pesquisa, destacamos as seguintes: (1) o Movimento de Renovação Espiritual promoveu um intenso processo de hibridação cultural, pelo qual os evangélicos de denominações protestantes históricas assimilaram discursos, práticas e bens simbólicos da matriz pentecostal; (2) entre os congregacionais, o fenômeno pentecostalizante provocou conflitos e tensões que culminaram na criação de uma nova organização denominacional e comunidades congregacionais renovadas, nas quais o paradigma pentecostal se alinhou com a tradição congregacionalista, dando contornos à cultura e identidade religiosa congregacionalista carismática; e (3) o caso da pentecostalização dos congregacionais está relacionado com outras dinâmicas sociorreligiosas e coexiste com resistências, tensões e reinvenções da tradição reformada do congregacionalismo brasileiro. |