Regeneração natural em uma área de caatinga manejada no município de Upanema no estado do Rio Grande do Norte.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOUSA, Geovana Gomes de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/41769
Resumo: Sabendo que as florestas nativas desenvolvem um importante papel socioeconômico na região do semiárido brasileiro, torna-se essencial o entendimento dos impactos que as atividades exploratórias exercem sobre elas e no ecossistema em geral. Assim, é fundamental conhecer como a vegetação se recupera após uma exploração realizada através do plano de manejo sustentável. O presente estudo teve como objetivo avaliar a regeneração natural do estrato arbóreo-arbustivo, bem como verificar o acúmulo de serapilheira em uma área de caatinga sob sistema de manejo florestal no município de Upanema-RN. A pesquisa foi realizada em uma área de vegetação de caatinga que se encontra sob regime de manejo no referido município, cujo início de exploração, na UPA1, ocorreu em 2014, encontrando-se atualmente em fase de recuperação. Para o estudo do componente regenerante adulto, foram alocadas aleatoriamente dez unidades amostrais cada uma com 400m2, sendo mensurados todos os indivíduos com CAP g 6,0 cm e avaliada a composição florística, estrutura horizontal, vertical e distribuição diamétrica. Já para avaliação do componente regenerante juvenil, utilizaram-se dez subunidades amostrais, cada uma com 25m2, sendo mensurados os indivíduos com CAP < 6,0 cm e altura > 0,5 m, para avaliar a composição florística, estrutura horizontal e a estrutura da regeneração natural (RNT). No estudo da estimativa do estoque de serapilheira, coletaram-se dez amostras com o auxílio de um molde vazado de 0,25 m2, lançado de forma aleatória em cada unidade amostral. A coleta foi realizada em dois períodos distintos do ano (seco e chuvoso), o material coletado foi separado em frações, e os resultados foram comparados através do teste de Tukey a 5%. Para a análise química da serapilheira, foram confeccionadas dez amostras homogêneas referentes às unidades amostrais, as quais foram encaminhadas ao laboratório para realização das análises e determinação dos teores de nutrientes presentes na serapilheira. No estudo dos indivíduos adultos, foram amostrados 488 indivíduos, 14 espécies, 13 gêneros e 6 famílias; no componente juvenil, foram 179 indivíduos, 9 espécies, 8 gêneros e 3 famílias. As espécies que mais se destacaram em ambos os componentes foram Manihot glaziovi Mull.Arg. blanchetianus Baill, Bauhinia forficata L. Os índices de diversidade registrados para a área foram 1,90 nats.ind-1 Shannon-Weaver (H'), 0,72 equabilidade de Pielou (J) para o arbóreo e 1,35 nats.ind-1 Shannon-Weaver (H9), 0,61 equabilidade de Pielou (J) para o regenerante. As densidades absolutas registradas para a área foram 1.220 ind.ha-1, 7.160 ind.ha-1, para arbóreo e regenerante, respectivamente. Em relação à serapilheira acumulada na área estudada nos dois períodos avaliados, os maiores valores foram encontrados no período chuvoso, com um acúmulo de 4.217,32 kg.ha-1, com destaque para a fração galhos; vno período seco, o valor total foi de 2.295,2 kg.ha-1, com destaque para a fração folhas. Com relação aos nutrientes na serapilheira, a sequência foi Ca>N>K>Mg>S>P. No geral, os resultados apresentados pela vegetação permitem dizer que a área se encontra em fase de recuperação, e o regime de exploração adotado foi um dos fatores determinantes que favorece este processo, assegurando a continuidade dos recursos disponíveis.