As mulheres campinenses no Instituto PAX: projetos de Feli(z)cidade (1950-1960).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SOUZA, Joana D'arc Bezerra de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28344
Resumo: Essa pesquisa contempla mulheres, discentes e docentes de uma escola que funcionou entre as décadas de 1950 e 1970 em Campina Grande: o Instituto Pax. O colégio era dirigido por uma Congregação religiosa e contava com turmas primárias e uma formação familiar destinada às moças campinenses. Buscamos analisar as experiências das alunas do Pax, o papel de atuação do colégio na elaboração de subjetividades sobre “ser” mulher, o amor, o casamento, assim como o cenário urbano de Campina entre as décadas de 1950 e 1960. Para compreendermos quem eram essas mulheres alunas do Instituto Pax, o que era ser mulher, ser preparada e casável nos anos de 1950/60 e quais os projetos de cidade e de felicidade executados em Campina Grande no período citado. Nesse estudo utilizamos fontes escritas, como periódicos femininos e boletins da Congregação, e as entrevistas cedidas pelas docentes e discentes, a partir delas realizamos uma cartografia do sexismo educacional no Brasil/Paraíba e cartografamos a pedagogia do casamento, promovida pela formação familiar, com todo o seu aparato curricular e arquitetônico e o papel de intervenção desse processo na fisionomia urbana campinense, garimpando as suas singularidades. No tocante ao espaço urbano utilizamos Pesavento (2007), Da Matta (1997) e Perrott (1988). Sobre o cenário campinense Silva (1999), Cavalcanti (2000), Souza (2002), Oliveira (2014), Agra do Ó (2006). Na abordagem de gênero Perrot (1988 e 2005), Pinsky (2012 e 2013), Del Priore (1997). Sobre currículo, cultura escolar e diferenças de gênero Silva (2010), Louro (1997 e 2000) e Frago e Escolano (1998). Sobre subjetividades femininas e cinema Rolnik (1989) e Lipovetsky (2000). Sobre história oral e memória Halbwachs (2004), Ecléa Bosi (1994) Tedesco (2004) e Alberti (2004). Para as representações Chartier (1990), sobre táticas e astúcias Certeau (1994). Percebemos que o projeto de felicidade dessas mulheres era a conquista do casamento e da maternidade. Havendo uma sincronia entre o projeto sagrado da Igreja, o projeto de felicidade das mulheres e o projeto de cidade das edilidades, que deveria resultar num cenário urbano “controlável” e civilizado.