Uma outra face da Belle Époque carioca: o cotidiano nos subúrbios nas crônicas de Lima Barreto.
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1908 |
Resumo: | A presente dissertação visa discutir, num âmbito mais geral, as relações entre história e literatura a partir dos usos da crônica jornalística como fonte para uma historiografia pautada em elaborar eixos entre cultura e sociedade. Em uma dimensão mais específica, busca-se apreender o modo como o escritor e ator social Afonso Henriques Lima Barreto representou diversos aspectos da vida urbana, em suas crônicas, no período que vai do começo do século XX, até seu segundo decênio; período este que se convencionou chamar de Belle Époque. Ao partir das noções de Belle Époque enquanto período marcado por certa adesão, a nível ocidental, de normas e comportamentos importados da França, considerada a grande referência cultural enquanto civilização da época estudada, busca-se aqui a elaboração de uma abordagem que demonstre uma outra face dessa Belle Epoque que foi recepcionada na cidade do Rio de Janeiro. Entram em pauta discussões sobre o caráter excludente, para a maior parte da população, do processo de modernização nacional; as fronteiras existentes entre criação literária e narrativa historiográfica e sobre as implicações cognitivas das escolhas narrativas. Portanto, o que se almejou neste trabalho foi construir uma visão historiográfica comprometida com a elaboração de pontes entre arte e vida, mas dando prioridade a analise de uma modalidade de testemunho que prezou por representar uma Belle Epoque disforme, turbulenta, segregadora, mal-sucedida, elitista e agonizante. Abordar o cotidiano nos subúrbios na Belle Époque carioca, tendo como guia o Lima Barreto cronista é uma tentativa de escutar a voz daqueles que encararam como barbárie o projeto civilizador do inicio do século XX. |