As armas dos não tão fracos: as ressignificações dos valores morais pelos arrendatários participantes das ligas camponesas e sindicatos de trabalhadores rurais na Paraíba e em Pernambuco (1954-1964).
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36549 |
Resumo: | Esta tese busca comparar as experiências sociais dos trabalhadores rurais que participaram da mobilização no campo na Paraíba e em Pernambuco entre 1954 e 1964. A pesquisa utiliza uma abordagem hermenêutica para relacionar dados estatísticos com as narrativas dos agentes, sendo que nos baseamos na hermenêutica de profundidade de J. B. Thompson (2010). A partir dos censos agrícolas de 1960 e do jornal A Liga se observou a relação entre os grupos de trabalhadores que apresentavam maior autonomia de trabalho –, destacadamente os rendeiros (parceiros e foreiros), que classificamos como camadas intermediárias – e ações coletivas que apresentavam, simultaneamente, características de revoltas tradicionais e de movimentos sociais modernos. Para explicar estas ações propomos a categoria de ações coletivas híbridas, a partir de um diálogo coma teoria de Tilly (1993;2005). Nossa principal hipótese foi a de que as camadas intermediárias, em meio à crise da organização tradicional, foram fundamentais para a mobilização estudada, sendo que a moralidade destes agentes foi investigada a partir das pesquisas como as de Rangel (2000), Novaes (1997), Bastos (1984), Sigaud (1980;1979) e nossa própria pesquisa (GENARO, 2019). Para entender a relação entre moralidade e revolta, debatemos com as obras de Wolf (1984), Scott (2000), Barrington Moore Jr. (1987), Queiroz (1973) e E. Thompson (1981), de modo a concluirmos que as camadas intermediárias têm centralidade na ressignificação de valores morais tradicionais em contextos de mobilização política, de maneira a exercerem um agenciamento moral que influência as demais camadas de trabalhadores rurais. |