“Eu não sabia que podia fazer isto”: poesia em performance na formação de leitores adolescentes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BARBOZA, Lívia Marbelle Oliveira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17920
Resumo: Nesta pesquisa, apresentamos uma experiência de leitura com poemas de Sérgio Capparelli que têm o adolescente como eu lírico em uma turma da primeira série do ensino médio. Em um contexto de pouca produção poética voltada para leitores jovens (Pinheiro, 2018) e (Silva, 2009), a obra de Sérgio Capparelli destaca-se pela qualidade estética e pela temática. Para isso, apoiamo-nos em uma perspectiva metodológica mais interativa da relação entre o texto poético e o leitor, utilizando, principalmente, o método performático, sistematizado por Oliveira (2018) a partir dos estudos de performance de Zumthor (2018). Lançamos mão das reflexões de Jauss e Iser (1979) sobre a recepção de textos literários e nos apropriamos da concepção do método recepcional de Aguiar e Bordini (1988). Dessa forma, tivemos como objetivo geral analisar uma experiência de leitura utilizando o método performático, enquanto jogo vocal e corporal, com poemas juvenis de Sérgio Capparelli. Nossos objetivos específicos foram: discutir sobre a poesia juvenil na literatura brasileira; apresentar a obra poética de Sérgio Capparelli voltada para o jovem; refletir sobre os efeitos de vocalização e de movimentação corporal na descoberta de possíveis sentidos, a partir do encontro dos alunos com o texto poético enquanto jogo. Fundamentamo-nos ainda nos estudos de Antunes (2013), Cademartori (2012) e Souza (2001) sobre a literatura juvenil, assim como Salles (2012) e Machado (2012) ao refletirem sobre a poesia infantil e juvenil. Encontramos na abordagem performática uma aproximação com a poesia que foi bem vinda pelos alunos, os quais acolheram os textos poéticos em seus movimentos e discussões revelando assim que tiveram uma experiência estética condizente com aquilo que Jauss (1979) chama de poiesis, em que os leitores recriam os poemas como seus de acordo com suas vivências e reflexões.