Comportamento biodegradativo do aterro sanitário em Campina Grande-PB em função dos subprodutos gerados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ALMEIDA, Márbara Vilar de Araújo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12638
Resumo: A formação de subprodutos, é uma fase inerente ao processo de biodegradação dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), como resultado da ação de diversos grupos de microrganismos na biodegradabilidade da massa de resíduos. Analisar as características dos subprodutos, lixiviado e gases, é uma forma de se avaliar o comportamento do aterro sanitário como um todo, assim como, apontar possíveis técnicas de tratamento para os subprodutos. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar o comportamento de um aterro sanitário por meio dos subprodutos gerados no processo de biodegradação dos resíduos sólidos urbanos. Embora o Aterro Sanitário em Campina Grande (ASCG) apresentasse no momento da pesquisa três lagoas de tratamento de lixiviado, estas lagoas estão sujeitas às mesmas condições, recebendo o lixiviado oriundo da Lagoa 1 de Tratamento de lixiviado (LTL1), justificando assim, a escolha de se caracterizar apenas o lixiviado da primeira lagoa. Para isto, foram realizadas análises do lixiviado por meio dos seguintes parâmetros físico-químicos: pH, Alcalinidade Total (AT), Nitrogênio Amoniacal Total (NAT), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), metais e testes de fitotoxicidade. Os parâmetros foram obtidos para análise do lixiviado gerado nas Células 2, 3 e 4, na Tubulação de entrada da Lagoa 1 de Tratamento de Lixiviado (Tub. LTL1), para que, desta forma, fosse possível analisar o efluente bruto e na Lagoa 1 de Tratamento de lixiviado (LTL1) do Aterro Sanitário em Campina Grande (ASCG), para análise do lixiviado durante o processo de tratamento. No que se refere a parte de biogás, foi realizado um estudo qualitativo em uma Célula de resíduos do Aterro Sanitário em Campina Grande-PB, denominada de Célula 2. Por meio dos resultados de lixiviado obtidos nesta pesquisa, pode-se verificar que as Células 2, 3 e 4 encontram-se na fase metanogênica de degradação, visto que, foram encontrados valores de pH próximos da basicidade. Também foram observadas elevadas concentrações de AT, NAT, DBO, DQO e metais para os mesmos pontos, embora, as concentrações de metais na Célula 3 tenham decaído ao longo do tempo. Por motivos técnico-operacionais, não foi possível a realização dos ensaios de DBO e testes de fitotoxicidade para a Célula 2. A Célula 3 obteve índices de germinação (65-257%) e crescimento relativo da raiz das sementes (18-70%). Dentre as células analisadas, a Célula 4 foi a que apresentou maiores oscilações em relação aos parâmetros analisados durante todo o período de monitoramento e isto aconteceu em virtude do modo de operação adotado para disposição de resíduos nesta Célula, que teve sua disposição de resíduos interrompida por inúmeras vezes durante o período de monitoramento em decorrência das chuvas. A Tubulação de entrada da Lagoa 1 apresentou um pH com características de basicidade, altas concentrações de AT, NAT, DBO, DQO e metais, onde tal comportamento já era esperado, visto que, a tubulação da lagoa recebe o lixiviado de todas as Células. No que diz respeito a Lagoa de tratamento de lixiviado, o pH manteve-se praticamente constante. Por outro lado, os parâmetros AT, NAT, DBO, DQO e metais, apresentaram oscilações durante todo o período de monitoramento. Este comportamento indefinido dos parâmetros, apresentando dispersão dos dados a todo momento, já era esperado visto que, a LTL1 recebe lixiviado de todas as Células de resíduos do ASCG, com composições e idades distintas. Em relação ao biogás, verificou-se que as concentrações de metano (CH4) variaram entre 52,2 e 63,9%, que são concentrações típicas da fase metanogênica.